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Comece o ano com as dívidas da empresa sob controle

Estratégias de gestão e até mesmo o crédito dos bancos podem auxiliar o negócio

Com a perspectiva de um novo fôlego para a economia brasileira nos próximos meses e a expectativa de que a confiança do consumidor traga um novo rumo à trajetória de crescimento do País, é vital que os empreendedores busquem estratégias que garantam mais dinamismo à expansão do negócio sem que isso comprometa a saúde financeira da empresa.

Nesse processo, o empresário precisa garantir que, mesmo que opte pelo endividamento – como obter empréstimos e financiamento –, não comprometerá a gestão das contas a pagar assumindo mais obrigações do que o empreendimento é capaz. Esses problemas na gestão se refletem nas atividades rotineiras, ressaltando em dificuldades para fechar acordo com fornecedores, por exemplo. Confira a seguir algumas estratégias que podem ser úteis para controlar as dívidas em 2020.

Monitorando as contas constantemente

O gerenciamento do endividamento é um passo importante para se evitar perder o controle das dívidas. Então é essencial fazer um levantamento de todas as dívidas da empresa e também avaliar como os planos de investimento se encaixam nessa realidade. Esse passo é importante para que o empresário evite jogar as contas acumuladas para os meses seguintes, com acréscimo de juros e multas pelo atraso no pagamento. O ideal é que o nível de endividamento não comprometa uma parcela grande da receita do negócio.

Neste caso, manter atenção constante no fluxo de caixa também é uma forma de evitar desorganização nos pagamentos e crescimento das dívidas. Essa ferramenta apresenta um cenário da situação financeira da empresa e registra a entrada e a saída de recursos com base em vendas e pagamentos. Isso é essencial para que o empreendedor faça uma previsão financeira dos próximos meses, o que facilita a tomada de decisões para o negócio. Saiba como trabalhar com o fluxo de caixa.

Planejamento de vendas

Conseguir manter o faturamento mensalmente é um desafio que exige do empreendedor um plano de vendas que traga resultados satisfatórios, de modo a evitar que as metas de expansão terminem em um endividamento sem resultados. Ao planejar as vendas, o empresário saberá qual o momento ideal de tornar a atuação da empresa mais abrangente e de contratar mais funcionários. Isso também o auxilia a identificar o nível adequado de estoques, sem que deixe produtos empilhados ou que tenha que reduzir drasticamente os preços. Todos estes são fatores importantes para o controle de dívidas.

Atenção aos preços

A correta formação de preços evita que o empreendedor contraia dívidas indesejadas. Por outro lado, um planejamento adequado dos preços é competitivo, cobre despesas e gera lucro. Conhecendo os custos operacionais e os de produção, as despesas variáveis (fretes e comissões), as fixas (internet, aluguel, energia), as diretas (gastos com fornecedores e mão de obra) e as indiretas (manutenção do estabelecimento), o empreendedor saberá qual preço permitirá que ele se posicione de forma atrativa, concorrente, mas, ao mesmo tempo, sustentável no mercado.

Negociação das dívidas e acesso a crédito

Em uma situação financeira que exige que o empresário busque rever os prazos de pagamentos, uma alternativa é tentar negociar com fornecedores antes de obter crédito.

Se a alternativa for buscar recursos no mercado, como em bancos públicos, esse crédito deve ser destinado à quitação da maior parte das dívidas; sendo que esta estratégia evita que elas cresçam e se acumulem. Essa opção vale não apenas para resolver uma situação financeira ruim, mas até mesmo como uma aposta na expansão do negócio para que tenha mais presença no mercado.

Mas é importante estimar em um plano estratégico qual o retorno esperado do investimento e em qual prazo a organização conseguirá devolver os recursos à instituição financeira. Sua empresa, inclusive, precisará fornecer uma série de garantias para conseguir crédito em bancos públicos.

Capital de giro

O capital de giro é a quantia que a empresa dispõe para custear a movimentação financeira do dia a dia, inclusive para despesas como conta de luz, de água, de fornecedores, etc. Esses recursos também estão em estoque e pagamentos a receber, por exemplo. Se em alguns meses o negócio for afetado pela sazonalidade, com um período de queda nas vendas, será o capital de giro que irá assegurar a permanência do empreendimento no mercado. Esse recurso vai mostrar em detalhes a situação da empresa para arcar com todas as despesas fixas e variáveis. Saiba como calcular a necessidade de capital de giro para o seu negócio.

A startup de treinamento de investidores – Eu Me Banco –, empresa que apostou na estratégia de estar presente no ambiente digital como uma forma de conseguir um resultado com poucos gastos, faz uso de vários desses procedimentos para manter o controle de pagamentos, de entradas e saídas no caixa. Esse modelo de negócio realiza cursos para qualificar pessoas para atuarem nessa área.

“Nós analisados antecipadamente todos os custos que envolvem o lançamento de um novo produto, com despesas de campanhas, projeção de captação de potenciais clientes, cálculo da margem de quantos esses clientes irão converter em novas vendas, e estimativa de quanto será investido em novas campanhas e lançamentos de cursos a partir dessas projeções”, conta o economista e CEO da startup, Fábio Louzada, que diz também que é importante que o lucro seja utilizado para a expansão do negócio para tornar a marca mais forte.

Acompanhando a análise mensal do caixa, o empreendimento busca aplicar os recursos remanescentes em investimentos financeiros com alta liquidez para ter um capital garantido, como se fosse uma reserva emergencial para a empresa.

Fonte: FecomercioSP