Presidente SindiVarejista fala do Gestão de RH em entrevista

by Webmaster | 14/07/2015 16:11

A presidente do SindiVarejista, Sanae Murayama Saito, concedeu uma entrevista ao jornal Correio Popular em que comenta sobre o aumento de ações trabalhistas, especialmente no varejo. Em sua fala, Sanae explicou que o sindicato tem realizado um importante programa de capacitação dos comerciantes – o Gestão de RH. Medidas como essa são importantes para evitar descumprimento das leis. Confira a reportagem:

Com a crise econômica e o aumento do desemprego, o Poder Judiciário registra uma demanda maior de novas ações que entram na Justiça do Trabalho. Nas Varas do Trabalho, em Campinas, que é parte do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 15ª Região, deram entrada neste ano 8.642 ações apenas nos quatro primeiros meses deste ano. Em 2014, no mesmo período, a quantidade tinha sido de 7.660 ações. O aumento foi de quase 13%.

As queixas dos trabalhadores não poupam nenhum setor. No ranking dos mais acionados pelos empregados estão serviços diversos com 1.954 ações; indústria com 1.348 ações; transporte com 970 ações e comércio com 806 ações.

Representantes do Poder Judiciário afirmaram que o cenário de crise provocou elevação dos dissídios coletivos e a intervenção do Tribunal Regional do Trabalho em demissões coletivas.

Números da Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic) mostram que o desemprego está subindo em Campinas e região. De acordo com estudo da entidade, a taxa de desemprego na cidade de Campinas, em abril, foi de 7,48% da População Economicamente Ativa (PEA) neste ano, que representou 47.689 desempregados. Em abril do ano passado, o município tinha 28.589 desempregados e uma taxa de 4,67%.

Um dos grandes setores empregadores é o comércio, mas neste ano o segmento já desligou 23.650 pessoas e admitiu outros 22.310 trabalhadores. O saldo está negativo está em 1.310 pessoas.

Dados do TRT da 15ª Região mostram que no primeiro quadrimestre deste ano a elevação foi de 34,53% na quantidade de novos processos, passando de 7.011 para 9.432 ações do setor na área do Tribunal.

No ano passado, o varejo na base de atuação do TRT da 15ª Região, que abrange 599 municípios paulistas, já havia registrado o maior volume desde 2005 com um total de 21.342 novas cobranças dos trabalhadores.

Representantes do setor acreditam que a falta de informação e de regras internas nas empresas acerca da gestão de pessoas são fatores que impulsionam o incremento da quantidade de ações na Justiça do Trabalho. O aumento do desemprego também impacta no grande números de novas reclamações.

A desembargadora do TRT da 15ª Região, Maria Inês Corrêa de Cerqueira César Targa, afirmou que grandes setores apresentam aumento do número de ações neste ano. “A situação econômica tem impacto sobre o movimento de processos na área do TRT. A crise econômica, a má gestão e o entendimento dúbio das leis que geram passivos trabalhistas são fatores que influenciam na grande quantidade de ações neste ano”, disse.

A magistrada lembrou que nem toda ação movida na Justiça significa que a empresa é má empregadora. Para ela, a conciliação é o melhor caminho para resolver as ações trabalhistas.

“As empresas deveriam saber que os custos dos processos trabalhistas são elevados. Os valores são corrigidos com juros de 1% ao mês mais a correção monetária. O Tribunal busca conscientizar trabalhadores e empregadores sobre a importância da conciliação na resolução dos processos trabalhistas”, ressaltou.

Conhecimento

A presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Campinas e Região (Sindivarejista), Sanae Murayama Saito, afirmou que os comerciantes precisam buscar conhecimento sobre direitos e deveres de empregadores e empregados.

“Temos um grupo de trabalho formado há três anos que trata da gestão de pessoas. Neste ano, estamos trabalhando a elaboração pelas empresas de um regimento interno. Na indústria, o regimento já é um padrão, mas a realidade é diferente no comércio”, salientou.

Ela comentou que o objetivo é dar suporte para que os comerciantes construam um regimento que esteja dentro dos parâmetros preconizados pela legislação trabalhista e pelas normas de medicina do trabalho. Sanae disse que a participação nas atividades do grupo são gratuitas.

O gerente de Desenvolvimento de Negócios da Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic), Leandro Diniz, afirmou que a entidade tem conteúdos específicos para o aperfeiçoamento dos comerciantes na gestão de pessoas.

“Os comerciantes podem participar das palestras que tratam de boas práticas de gestão de pessoas e de recursos humanos. Os conteúdos são realizados de forma regular”, disse.

Fonte: Correio Popular[1]

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Endnotes:
  1. Fonte: Correio Popular: http://correio.rac.com.br/_conteudo/2015/07/capa/campinas_e_rmc/293946-crise-economica-faz-aumentar-acoes-trabalhistas.html

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