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Bancos e instituições oferecem crédito e renegociação a PMEs afetadas pelo coronavírus

Entre as medidas anunciadas estão a prorrogação do vencimento de dívidas e um maior contingente de crédito disponível para pessoas jurídicas

Com as medidas de contingenciamento para barrar o contágio do novo coronavírus que fechou o comércio, as empresas já estão sentindo grandes impactos. Após uma cuidadosa análise das finanças do negócio, o crédito pode ser visto como uma alternativa – e alguns bancos e instituições de fomento anunciaram condições especiais para PMEs nesse período.

Algumas medidas também têm sido adotadas pelo Governo Federal. Entre elas a criação de uma linha de crédito para o pagamento de salários de funcionários de pequenas e médias empresas por até dois meses. No total, o volume de investimento poderá chegar a R$ 40 bilhões (R$ 20 bilhões por mês) e atender cerca de 1,4 milhões de empresas e 12,2 milhões de trabalhadores. A maior parte do dinheiro (85%) será injetada pelo governo federal e 15%, pelos bancos privados. Na prática, isso significa que o governo ficará com 85% do risco de inadimplência e os bancos com os demais 15%.

Veja, abaixo, as ofertas de crédito e condições anunciadas por bancos e instituições até o momento:


Crédito do governo federal:

O financiamento estará disponível em uma ou duas semanas. Podem aderir empresas com faturamento entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões por ano. Os juros serão de 3,75% ao ano (igual à taxa básica, Selic), com seis meses de carência para pagar, em até 36 meses.

O dinheiro será pago diretamente aos funcionários, sem intermediação das empresas. Ou seja, o trabalhador não ficará dependente do patrão para ter os seus vencimentos, mesmo que as atividades comerciais permaneçam fechadas durante a pandemia. O pagamento de salários por meio da nova linha de crédito será limitado a dois salários mínimos (R$ 2.090).

O Banco Central informou que o programa será implementado por meio de Medida Provisória (MP), com abertura de um crédito extraordinário de R$ 34 bilhões —equivalente à parte do Tesouro— e criação de um fundo operacionalizado pelo BNDES, fiscalizado e supervisionado pelo BC.


BNDES

Crédito para as Micro, Pequenas e Médias empresas – Disponível para empresas com até R$ 300 milhões de faturamento. Saiba mais aqui

DesenvolveSP:

A agência de desenvolvimento do estado de SP vai liberar R$ 200 milhões para atender micro, pequenas e médias empresas no período, A taxa de juros mensal será reduzida de 1,43% para a partir de 1,2%. O prazo será estendido de 36 para 42 meses e o período de carência vai subir de três para nove meses. Clique aqui e confiras as opções disponíveis para o enfrentamento ao coronavírus.


Banco do Povo:

A instituição paulista anunciou a liberação de R$ 25 bilhões em crédito subsidiado. A taxa de juros mensal será de 0,35%, para montantes que podem variar de R$ 200 a R$ 20 mil. O prazo para pagamento será de 36 meses, com carência de 90 dias. As ofertas devem priorizar os setores mais afetados pela pandemia, como turismo, cultura e economia criativa. Clique aqui e confira os valores e condições!


Sebrae

O Sebrae também está auxiliando os empresários nesse período de crise. Clique aqui e confira como sua empresa pode reagir ao coronavírus. Encontre as novas formas de fazer negócios para não ter prejuízos neste momento de crise. Clique aqui e confira!


Prorrogação de vencimentos:

Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Itaú Unibanco e Santander atenderão a pedidos de prorrogação, por 60 dias, do vencimento de dívidas de pessoas físicas e micro e pequenas empresas. A medida foi anunciada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e vale para contratos vigentes em dia e limitados aos valores já utilizados.


Crédito


Banco do Brasil

O banco anunciou a liberação de R$ 48 bilhões para reforçar as linhas de crédito destinadas a empresas. Os recursos serão disponibilizados para capital de giro, investimento e antecipação de recebíveis e podem ser solicitados pelos canais digitais e nas agências.


Caixa

Entre as medidas anunciadas pela instituição está a liberação de R$ 40 bilhões para pedidos de crédito para capital de giro, com foco em pequenas e médias empresas e negócios do setor imobiliário e as pequenas e médias. Com foco nas empresas, o banco reduzirá as taxas de juros para as linhas de capital de giro, que agora partem de 0,57% ao mês e têm carência de 60 dias. Serão disponibilizadas ainda linhas de crédito especiais, com até seis meses de carência, para empresas dos setores de comércio e prestação de serviços, mais afetadas pelo momento. Linhas de aquisição de máquinas e equipamentos também terão taxas reduzidas e carência de até 60 dias.


Itaú

Após o Copom decidir reduzir a Selic para 3,75% ao ano, o Itaú Unibanco anunciou que reduzirá as taxas de juros para pessoas físicas e jurídicas. Para as empresas, a redução se aplica ao crédito para capital de giro. Hoje, o empréstimo nessa categoria tem taxas a partir de 0,99% ao mês com pagamento em até 60 meses e carência de 90 dias.