Black Friday: veja o que você deve fazer para participar

by Luciana Felix | 26/10/2017 11:56

A cada ano, a Black Friday ganha mais visibilidade e credibilidade no Brasil, consolidando como uma data importante para o comércio e uma grande oportunidade para as empresas venderem mais. No entanto, é preciso estar preparado para não perder dinheiro com os descontos e o efeito da promoção ser de prejuízo – e não de lucro. A consultora do Sebrae, Taís Camargo, explica como o varejista deve se preparar para esta data.

Tais Camargo, consultora do Sebrae. Foto: Adriano Rosa/SindiVarejista

A Black Friday veio para ficar?

No ano passado, a Black Friday teve recorde de vendas e já começou a fazer parte da cultura do brasileiro. Havia muito receio de que a promoção pudesse roubar as vendas do Natal, o que não é verdade, uma vez que as pessoas não costumam comprar presentes durante a promoção. O Procon também tem feito um trabalho interessante de fiscalização para evitar falsos descontos. Além disso, as pessoas têm acesso a sites de busca e podem fazer comparações de preços, o que tem aumentado muito a credibilidade desta ação.

A Black Friday vale tanto para e-commerce quanto para loja física?

Sim, todos podem participar. A dica é colocar em promoção itens que façam o estoque girar, como produtos da estação passada, por exemplo. Caso não tenha esta reserva, o varejista pode preparar um estoque especial para a Black Friday.

Como fazer esse estoque especial?
É preciso fazer uma previsão de vendas. Se o varejista já participou da Black Friday, deve se preparar com base no que foi vendido ano passado. Se for a primeira vez, deverá comprar produtos que sejam atraentes para esta data. Inclusive, há fornecedores que preparam campanhas justamente para vender na Black Friday, com produtos que tenham mais saída nesta promoção.

E como colocar preço e desconto nos produtos?
A primeira coisa é saber quanto a mercadoria custa. Ou seja, quanto ela contribui para pagar as contas da sua empresa (custo fixo, variado etc). Com esses dados em mãos, o varejista poderá avaliar o máximo de desconto que poderá dar. A partir disso será necessário avaliar quantos produtos terão de ser vendidos para compensar o desconto. Por exemplo, temos uma
cliente que vende lingerie. Ela chegou à conclusão que teria que vender mil peças para compensar o desconto.
Então perguntei: em alguma época você vendeu mil peças? Avaliamos que, no caso dela, não valeria a pena participar da promoção.

Então o comerciante deve avaliar se participa ou não?
Antes de participar, tem que fazer essa análise financeira e o que tem no estoque. Caso contrário, é ‘chutômetro’. Se for participar no escuro pode ser que tenha prejuízo.

Qual a melhor forma de divulgar a promoção?
Divulgue a participação da empresa na Black Friday, mas não os produtos em promoção. Essa é uma data em que as pessoas compram por impulso, por isso, desperte curiosidade. Usar banco de dados dos clientes, preparar a fachada e vitrine, além das mídias digitais, ajudam a criar um clima de expectativa.

Essa reportagem foi publicada na edição 42 do Nosso Varejo. Para ler outras matérias, clique aqui[1]

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Endnotes:
  1. Essa reportagem foi publicada na edição 42 do Nosso Varejo. Para ler outras matérias, clique aqui: https://sindivarejistacampinas.org.br/wp-content/uploads/dlm_uploads/2017/10/nv42_web.pdf

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