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Cupom de desconto deve deslanchar no País

Ocupando um espaço deixado pelo setor de compras coletivas, empresas de descontos esperam aumentar a participação no mercado ao investir em geomarketing e economia real na compra

Com o consumidor em busca de preços melhores, por estar com o bolso mais apertado, o segmento de cupons de descontos deve deslanchar no Brasil. Entre os players que já atuam no segmento no País estão empresas como a CupoNation e a Cuponeria.

Novas no mercado, as operações de cupons ocuparam uma lacuna deixada pelo segmento de compras coletivas, que não vingou no País. "É um mercado muito promissor, que vai crescer de forma considerável nos próximos três anos. O desenvolvimento do e-commerce tem trazido muitos brasileiros para as compras on-line", afirmou ao DCI a CEO da CupoNation (pertencente à Rocket Internet), Fernanda Junqueira.

Há dois anos no mercado brasileiro de vendas virtuais, o CupoNation tem em sua base de dados cerca de 4.500 ofertas, provenientes de mais de 2.500 lojas. "Os cupons de desconto ajudam tanto a consumidores quanto a anunciantes (empresas on-line)", explicou a executiva.

Com foco apenas em cupons para lojas virtuais, a CupoNation atua de maneira global, em 15 países. Em todos, o segmento de cupons de descontos tem crescido de forma expressiva. Ainda segundo a executiva, o site atingiu 1,5 milhão de visitas (pageviews), o que comprova como o interesse do consumidor pelos descontos tem crescido. "Mais de 18 milhões de pessoas no mundo já compraram utilizando o CupoNation, o que gerou economia de mais de R$ 100 milhões aos seus usuários", disse Fernanda.

Sem detalhar planos para o futuro, a executiva disse apenas que o País está entre os principais objetivos da empresa. "O Brasil é visto como um dos principais países, por seu potencial de consumo e crescimento do mercado on-line. Atualmente, figuramos entre os cinco principais países em que o CupoNation atua."

União

A junção do varejo físico com a indústria em busca do melhor preço ao consumidor é a estratégia do Cuponeria, empresa do Buscapé Company. "Antes não existia uma ferramenta que fizesse o varejista empregar o desconto vindo da indústria. Fizemos a união das duas partes interessadas neste tipo de benefício ao consumidor", afirmou o CEO do Cuponeria, Thiago Brandão.

O executivo explicou que esse nicho passou a se desenvolver após o fracasso do segmento de compras coletivas. "Ele não deu certo em nenhum lugar do mundo. A demanda veio por conta dessa ausência de opções de descontos&quoquot;.

Atualmente, o segmento supermercadista é o que mais tem gerado cupons no site da empresa. "Temos parceria com o Grupo Pão de Açúcar (GPA). O setor de supermercados é o que faz mais sucesso".

Há três anos no mercado, o Cuponeria já gerou economia de R$ 20 milhões, o que representa cerca de 15 milhões de cupons utilizados, de dezembro de 2011 para cá. Assim como seu concorrente, o Cuponeria acredita que nos próximos três anos o segmento passará por um crescimento exponencial. "Estimamos mais R$ 20 milhões em economia. Vamos investir mais em ferramentas mobile, além de promoções do tipo use e ganhe brindes", concluiu Brandão.

Cultura

Para o presidente da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), Mauricio Salvador, a não cultura do consumidor brasileiro faz com que o segmento ainda seja tímido no País. "Diferente dos Estados Unidos, onde até revistas de cupons existem, no Brasil ainda não há a cultura do uso dos cupons de descontos". O especialista explicou que fatores econômicos do passado refletiram neste nicho no País.

DCI