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Desorganização gera prejuízo e multas para pequena empresa

Pesquisas apontam que 86% dos empresários abrem negócio sem conhecimento necessário e uma em cada três companhias já pagou multa por má gerência

Falta de preparo ao começar o empreendimento, desorganização financeira e contábil, falta de controle gerencial do negócio. Esses são alguns dos ingredientes que trazem prejuízos e até mesmo multas para os micro, pequenos e médios empresários.

Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) Inteligência, encomendada pela RSA Seguros, aponta que 86% dos empreendedores abrem a empresa sem ter conhecimento sobre o que é ter um negócio próprio.

No mesmo estudo, 82% dos empresários ouvidos disseram que levaram algum tempo até acertar a gestão da firma e que tiveram que aprender na prática como fazê-lo.

"O empresário sempre põe a culpa em outra coisa: capital de giro, concorrência, juros. Mas o fato é que a primeira leva (de novos empreendedores) morre por conta de falta de planejamento. Os pequenos empresários não fazem plano de negócio", analisou Flávio Barcellos Guimarães, sócio diretor da consultoria ProLucro.

Especialistas ouvidos pelo DCI afirmaram que a maior parte dos novos empreendedores inicia o negócio com "a cara e a coragem", utilizando uma popupança que constituiram ao longo da vida para abrir a empresa, porém não fazem planejamento, não realizam avaliação de mercado e n&atildatilde;o mantém uma reserva para capital de giro.

"são pouquíssimos negócios que têm lucro logo no início, como um restaurante que já nasce em local privilegiado, por exemplo", observou Guimarães. "A maioria dos empreendimentos precisa conquistar clientela e aguentar o prejuízo até começar a ter lucro e, para isso, precisa de capital de giro", completou.

O consultor explicou que, além de capital de giro – que inclui controle de estoques e de prazos – a pesquisa de mercado é essencial para o sucesso do empreendimento: escolha do local onde se instalar, produto adequado para região e plano de marketing são alguns pontos.

Para a consultora Ana Castro, da S&L Consultoria Empresarial, no caso de emrpesas consolidadas, o setor financeiro é a porta de entrada para descobrir outras áreas que estão prejudicadas.

"Analisando a DRE (Demonstração do Resultado do Exercício) da empresa, a gente encontra o ponto de equilíbrio, que é o faturamento mensal mínimo que o empresário precisa para os custos fixos e variáveis da empresa", explicou. "Essa análise impacta diretamente em setores como vendas e compra, por exemplo", completou.

DCI