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Em 2015 comércio teve o maior recuo desde 2002, segundo indicador

Este foi o pior resultado do varejo nacional desde 2002, quando a queda havia sido de 4,9%

Vendedores aguardam por clientes em loja no Centro de Campinas. Foto: Adriano Rosa
Vendedores aguardam por clientes em loja no Centro de Campinas. Foto: Adriano Rosa

O movimento dos consumidores nas lojas brasileiras caiu 1,3% em 2015, apontou o Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio. Este foi o pior resultado do varejo nacional desde 2002, quando a queda havia sido de 4,9%, e o segundo negativo desde o início da série história, em 2001.

Todos os grupos pesquisados apontaram queda no ano passado. O maior recuo foi em Veículos, Motos e Peças, cuja atividade cedeu 19,0%. A menor baixa foi no setor de Móveis, Eletroeletrônicos e Informática, com variação negativa de 0,9%.

Entre os demais segmentos, o setor de Tecidos, Vestuário, Calçados e Acessórios registrou queda de 3,5%; o de Material de Construção caiu 2,1%; o de Hipermercados, Supermercados, Alimentos e Bebidas cedeu 1,1%; e o de Combustíveis e Lubrificantes perdeu 1,0%.

De acordo com os economistas da Serasa Experian, a retração da atividade do comércio no ano de 2015 foi provocada pelo aumento da inflação, pela queda da confiança dos consumidores, pela elevação do desemprego e pelo aperto nos juros.

ESTADO DE SÃO PAULO: QUEDA DE 10,2% EM OUTUBRO

As vendas no varejo do Estado de São Paulo caíram 10,2% em outubro de 2015 ante igual mês do anterior, informou nesta terça-feira (12/01) a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base em informações de arrecadação da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP).

Com a baixa, o faturamento real do setor no mês foi de R$ 46,1 bilhões, o menor para o período desde 2010. O volume representa perda de R$ 5,3 bilhões em relação ao alcançado em outubro de 2014.

Na avaliação da assessoria econômica da entidade, a queda se deve à deterioração da confiança do consumidor, em meio à redução da renda dos trabalhadores, ao aumento do desemprego, à alta da inflação e ao endividamento das famílias.

“Quedas acima de 10% historicamente jamais foram atingidas”, afirma a FecomercioSP.

“A queda expressiva observada no primeiro mês do trimestre mais forte para o varejo (outubro) mostra que o comércio atravessa uma crise aguda de deterioração de suas vendas, influenciada pelas circunstâncias econômicas e políticas negativas do país que se agravaram de forma rápida e intensa em 2015”, diz a entidade.

No acumulado de janeiro a outubro, a retração foi de 6,1%. Já na comparação entre outubro e setembro, houve alta de 7,8%.

Das nove atividades analisadas, sete registraram recuos de dois dígitos. Os mais acentuados foram nos segmentos de concessionárias de veículos (-22,9%, com impacto de -3,1 pontos percentuais sobre o resultado geral) e materiais de construção (-21,4% e contribuição de -1,7 ponto percentual).

Por outro lado, o segmento de supermercados avançou 7,1% e contribuiu com 2 pontos percentuais para o resultado total.

Na cidade de São Paulo, a retração foi mais leve do que na média do Estado. No entanto, as vendas da capital paulista tiveram, em outubro de 2015, a maior baixa do ano em relação ao mesmo mês do ano anterior, de 7,7%.

Com faturamento real de R$ 14,4 bilhões, o volume de outubro ficou R$ 1,2 bilhão abaixo da receita registrada em igual mês de 2014. No acumulado do ano, a retração foi de 4%, perda de R$ 5,8 bilhões na comparação com igual período do ano anterior.

Fonte: Diário do Comércio