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Monte Mor e Rio das Pedras assinam acordo com ganho real no salário

O reajuste acordado ficou em 7%, que corresponde a 63,34% de ganho real sobre o salário

Foi assinado na última sexta-feira, dia 10 de setembro, o acordo da Convenção Coletiva de Trabalho das cidades de Monte Mor e de Rio das Pedras entre os presidentes do Sindicato dos Empregados do Comércio de Capivari, Piracicaba e Região e o Sindicato Patronal do Comércio Varejista de Campinas e Região – Sindivarejista. O reajuste acordado ficou em 7%, que corresponde a 63,34% de ganho real sobre o salário – ou seja, 2,7146% acima dos 4,2854% de INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor/IBGE) de agosto de 2010 (cálculo dos últimos 12 meses).
As condições da Convenção anterior foram mantidas, pela qual o trabalhador tem direito ao pagamento da folga no feriado, bem como o empregador tem permissão para funcionar aos feriados, exceto em quatro deles ao longo do ano. “Acabou aquele sindicalismo feito ‘no braço’, por isso devemos aproximar o patrão e o empregado”, disse Márcio Moreira, presidente do Sindicato dos Empregados do Comércio de Capivari e região. Sanae Murayama Saito, presidente do Sindivarejista, endossou: “Os sindicatos precisam saber o que podem fazer pelos empregados e pelos empregadores”.
 
A segunda rodada de negociação para a Convenção Coletiva de Trabalho já foi realizada pelo Sindivarejista na maior parte das cidades representadas da região (Campinas, Paulínia, Valinhos, Itatiba, Vinhedo, Monte Mor e Rio das Pedras, Indaiatuba e Cosmópolis) – confira pauta de reivindicações do Sindicato dos Empregados. Em Indaiatuba, a próxima assembléia está marcada para terça-feira, dia 14 de setembro, às 14h, na sede da Associação.
 
“Queremos que o comércio deslanche, porque assim vai haver mais emprego”, disse Sanae, que acredita que o consenso beneficia os dois lados.
 
Das 13 cidades representadas pelo Sindivarejista, somente em três ainda não houve reunião porque a pauta de reivindicação dos comerciários não chegou. Sem a pauta, não é possível iniciar a negociação para a Convenção Coletiva de Trabalho 2010/2011. Em Artur Nogueira, já faz cinco anos que a Convenção Coletiva não se concretiza.  Em Sumaré e Hortolândia o mesmo acontece desde o ano passado.  A falta de envio da pauta pelo sindicato dos comerciários demonstra o desinteresse da categoria na negociação.
 
“A participação dos empresários nas assembléias é muito importante para o Sindivarejista, porque assim podemos levar à negociação aquilo que a categoria patronal deseja que seja negociado. Mas nós precisamos ouvir isso”, diz a presidente do Sindivarejista.
 
Com a participação dos representados, a pauta de reivindicações pode ser avaliada nas assembléias, para depois o sindicato levar à negociação. “A Convenção Coletiva é uma forma legítima de solução de conflitos entre as classes de trabalhadores e patronal, celebrando o papel de negociação entre os sindicatos, sem intervenção judicial.”
A primeira rodada de negociação em Campinas, no dia 19 de agosto, teve a presença de pequenos e médios varejistas, além de representantes dos grupos maiores. Sanae tem alertado os varejistas para que não assinem Acordo Coletivo diretamente com o sindicato dos comerciários, porque nestas circunstâncias as cláusulas serão válidas somente para os empregados desta empresa. A ferramenta legal para o trabalho em feriado está contida na Convenção Coletiva.
Pauta de Reivindicação de Campinas, Paulínia e Valinhos
Pauta de Reivindicação de Itatiba e Vinhedo
Pauta de Reivindicação de Monte Mor e Rio das Pedras
Pauta de Reivindicação de Indaiatuba
Pauta de Reivindicação de Cosmópolis