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Número de empregos formais no comércio varejista é o menor em seis meses

Segundo a FecomercioSP, o comércio já sinalizou a incapacidade de manter um ritmo positivo e indica esgotamento do modelo baseado no consumo das famílias

O comércio varejista da região metropolitana de São Paulo (RMSP) segue 2015 com saldo negativo de empregados formais. Em fevereiro, foram admitidos 43.119 e desligados 45.058, um saldo negativo de 1.939 contratações, o resultou no menor estoque dos últimos seis meses, totalizando 1.011.904 empregados formais.

Os dados compõem a pesquisa realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) a partir de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego.

Segundo a assessoria econômica da entidade, o consumo das famílias que exerceu ao longo de anos recentes o papel de sustentação do crescimento interno, está dando sinais claros de incapacidade de manter um ritmo positivo, indicando o esgotamento deste modelo de desenvolvimento. Sem expectativas de melhora da economia no curto prazo, os impactos negativos sobre as receitas e empregos do comércio varejista ficam cada vez mais evidentes.

Em fevereiro as lojas de Vestuário, Tecidos e Calçados e as Lojas de Departamentos formam as atividades analisadas que apresentaram as maiores reduções do número de empregados em relação a janeiro, com quedas de 1,7% e 1%, respectivamente. As demais atividades mantiveram-se com variação média de 0,0%. Já no comparativo com fevereiro do ano anterior, Concessionárias de Veículos registraram novamente o pior desempenho, com redução de 6,4%. As únicas atividades com incremento no montante de empregados foram Supermercados (3,9%) e Farmácias e Perfumarias (2,9%).

Admitidos, desligados e rotatividade

Ao analisar apenas o número de admissões no comércio varejista, em fevereiro, foram 43.119 funcionários, 12,8% maior que as 38.226 admissões formais ocorridas em janeiro, porém 14,5% menor do que as 50.450 ocorridas no mesmo mês em 2014.

Todos os setores apresentaram queda na comparação com o mesmo mês de 2014, com destaque para Móveis e Decorações (-26,5%), Concessionárias de Veículos (-24,5%) e Lojas de Departamentos (-22,8%), que também apresentou baixa em relação a janeiro (-10,9%).

O número de funcionários desligados do comércio em fevereiro foi de 45.058 diante dos 53,089 praticados em janeiro, representando uma baixa de 15,1%. No comparativo anual houve decréscimo de 6,8%. Considerando admitidos e desligados, a taxa de rotatividade média da mão de obra no varejo ficou em 4,35% em fevereiro.

Para a FecomercioSP, as incertezas dos comerciantes e consumidores em razão ao baixo crescimento econômico, inflaç&atildeatilde;o elevada, juros altos e onda de reajustes de impostos e serviços básicos (como energia elétrica e transportes), influenciam o desaquecimento na geração de emprego no comércio. Assim, fica claro, diante dessas tendências, que 2015 será marcado por fortes adversidades também para os empregados na atividade comercial, tanto em São Paulo como no Brasil.

Fonte: Fecomercio