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Paulistanos mantém intenção de compra elevada

Pesquisa mostra que índice de consumidores que pretendem comprar bens duráveis cresceu 1,4 ponto percentual em relação ao segundo trimestre

A intenção de compra do consumidor paulistano continua elevada no terceiro trimestre deste ano, revela a "Pesquisa Trimestral de Intenção de Compra no Varejo", divulgada na manhã desta quarta-feira (14), em São Paulo. Apesar disso, os números apontam para uma desaceleração da economia no segundo semestre.

A pesquisa é realizada pelo Provar (Programa de Administração do Varejo) & Labfin (Laboratório de Finanças), da FIA (Fundação Instituto de Administração), em parceria com a Felisoni Consultores Associados.

Em amostra com 500 consumidores da cidade de São Paulo, o estudo faz uma análise das expectativas de compra de bens duráveis em relação a dez categorias de produtos: linha branca, eletroeletrônicos, telefonia e celulares, informática, automóveis e motos, cine e foto, material de construção, cama, mesa e banho, e móveis e eletro-portáteis.

Segundo o presidente do Conselho do Provar, Claudio Ângelo, a escolha das categorias leva em conta o comprometimento da renda futura, por isso, vestuário e outros segmentos não foram contemplados. A renda média familiar dos entrevistados gira em torno de R$ 1.500 por mês.

De acordo com a apuração, o índice de consumidores que pretendem comprar bens duráveis entre julho e setembro deste ano é de 75,6%, aumento de 1,4 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2009. A pesquisa mostra também um aumento na intenção de utilizar crédito para nove das 10 categorias pesquisadas, em comparação com o terceiro trimestre de 2009. "O resultado indica confiança do consumidor paulistano em relação à economia e à manutenção da capacidade de consumo."

Nova classe média

Eletroeletrônicos, cama, mesa e banho, eletro-portáteis e informática deverão ter maior preferência dos consumidores no período julho-setembro, em coparação com o segundo trimestre. No entanto, os ramos de material de construção, cine e foto, telefonia e celulares e automóveis, como também o de linha  branca e móveis poderão registrar queda.

O professor Claudio Ângelo avalia que os consumidores podem estar esperando as promoções que devem ocorrer com o término da Copa do Mundo para adquirir eletroeletrônicos e eletro-portáteis. "Já em relação a informática e cama, mesa e banho a intenção maior de compra provavelmente decorre do interesse da nova classe média, que passou a consumir no País. Estão de olho nos computadores e em bens que não podiam adquirir." Em relação aos automóveis, o pesquisador acredita que haverá estabilidade no consumo.