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Planejar é o mesmo que ‘olhar para frente’

Consultor da ONU explica os princípios do planejamento para o desenvolvimento do negócio em matéria publicada no Nosso Varejo

Quando o ano vai chegando ao fim e outro começa a surgir adiante, é impossível não pensar no futuro. Esta é uma boa oportunidade para fazer um Planejamento Estratégico dentro da empresa. Mas como isso se faz? Para o consultor de Desenvolvimento Estratégico de negócios, Roberto Gândara, fazer um planejamento nada mais é que ‘olhar para frente’.

“É preciso desmistificar esta terminologia. O termo é mais comum para grandes empresas, porque o pequeno e médio não pensam dessa forma. Mas basta olhar para frente e para fora da empresa”, afirma Gândara. Ele acredita que, nesta época do ano, começa uma espécie de “ciclo cabalístico”. “Existe uma tradição de renovação, de olhar o ano, de dar uma parada. É quando este tema de planejamento fica mais palatável e faz mais sentido.”

O consultor defende que o pequeno empresário planeje ao menos os seus próximos cinco anos. Mas, se isso não for possível, ele deve organizar as atividades futuras de um ano. “Basta ter um olhar mais apurado para o que circunda a empresa, ou seja, para o mercado. Pensar em tendências”, explica.

Empresas grandes fazem planejamento para 25 anos, porque trabalham com macro tendências. Este planejamento, ou organização, começa com a formulação de perguntas como: quero a loja do mesmo jeito nos próximos anos?

Pretendo crescer? Vou mudar de setor? Devo diversificar? “É assim que se pensa uma pequena empresa, cujo negócio só existe porque o dono quer ou enquanto ele quiser. ”

Em geral, é difícil fazer sozinho este planejamento. A ajuda de um profissional é muito importante no desenvolvimento de estratégias de negócio. Mas Gândara ensina dois passos básicos para um planejamento estratégico.

Primeiro passo – olhar para o futuro: o que ele quer e onde ele pretende estar daqui a cinco anos. É preciso congelar um pouco o presente, porque se focar no hoje ele vai estar com as contas na cabeça. Depois de construir esta visão de futuro, ele deve “fotografar” esta imagem mentalmente.

Segundo passo – tirar “o hoje” do freezer para ver o que ele precisa fazer deste ponto do presente para aquele do futuro. Neste momento deve-se avaliar o mercado. Exemplo: vejo a Copa do Mundo no futuro. Se eu vendo sapatos, posso pensar em incluir tênis e chuteiras.

"Pensar estrategicamente ou desenhar o seu futuro é fundamental para que outros não definam o seu futuro. Se você não definir o seu futuro, alguém fará isso por você. Ou você assume a direção ou a maré vai te levar”, alerta Roberto Gândara.

Circunstâncias difíceis

Desempregado e sem dinheiro, como a maioria da população, um palestino resolveu empreender e buscou qualificação em um curso. Foi assim que Roberto Gândara o conheceu, quando prestava consultoria na Palestina em programa da ONU (Organização das Nações Unidas).

Este empreendedor queria abrir uma lavanderia, para atender uma demanda que ele identificou, já que poucos têm água em casa. Ele trabalhou em Israel, território inimigo, onde juntou dinheiro, para depois retornar à Palestina e abrir sua lavanderia, com apenas um funcionário. Em dois anos, acumulou mais dinheiro para abrir uma lavanderia no shopping. “Conheci as duas lojas. Isso é um exemplo de que olhar lá na frente ajuda, mesmo quando estamos em circunstâncias difíceis”, conclui Gândara.

Fonte: Assessoria de Imprensa Sindivarejista (imprensa@sindivarejistacampinas.org.br)
Adriana Menezes e Araceli Avelleda – (19) 3775-5560

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