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Presidente do Conselho de Desenvolvimento da RMC defende a qualificação do varejista pelo SEBRAE

Para Hamilton Bernardes Junior, isso é fundamental para desenvolver o setor

Após publicar no final de 2010 diversas entrevistas com deputados estaduais e federais da região de Campinas eleitos no pleito de 2010, o site do Sindivarejista inicia agora uma nova série com políticos da RMC sobre suas propostas para o setor varejista.

O primeiro a falar de seus projetos é o prefeito de Pedreira, Hamilton Bernardes Junior, que no final de janeiro foi eleito presidente do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Campinas.

Formado em Economia pela FAAP, Hamilton iniciou a carreira política no movimento estudantil. Na gestão de Franco Montoro como governador paulista (1982 a1986) coordenou os escritórios regionais do governo estadual nas regiões de Campinas, Limeira e Rio Claro. Também atuou como coordenador político da Secretaria de Educação de São Paulo entre 1986 e 1990.

De 1991 a 1992 Hamilton Bernardes Junior foi delegado do Ministério da Infraestrutura e, no ano seguinte, elegeu-se prefeito de Pedreira. Em 2005 assumiu novamente a prefeitura do município, sendo reeleito quatro anos depois para um novo mandato.

Como presidente do Conselho de Desenvolvimento da RMC, o prefeito de Pedreira defende a qualificação do comerciante varejista, por meio de uma integração com o SEBRAE, além de mais facilidades de acesso ao crédito como formas de promover o desenvolvimento do setor na região. Confira abaixo a entrevista.

Quais são os seus projetos para a RMC?
Desde o momento da eleição, estamos ouvindo os prefeitos das cidades que integram a RMC. Entre os projetos debatidos estão a implantação do Trem de Alta Velocidade, a ampliação do Aeroporto Internacional de Viracopos e caminhos que nos proporcionem evitar as enchentes na região, em função da abertura de mais metros cúbicos de água pelo Sistema Cantareira, principalmente em períodos mais intensos de chuva. Além disso, há um projeto que cria o trem metropolitano, retirando das áreas urbanas o transporte de cargas do atual traçado dos trilhos. Um novo traçado seria implementado nas margens da Rodovia dos Bandeirantes. Entretanto, o sucesso dos projetos só será alcançado se os prefeitos se envolverem e derem a devida prioridade. Só o envolvimento dos prefeitos pode viabilizar o que se pretende implantar.   

Como o senhor avalia o comércio varejista e a sua importância no desenvolvimento da RMC?
O comércio varejista tem uma parcela significativa no desenvolvimento da nossa região. Além disso, tem sido um grande gerador de empregos. Evidente que temos que avançar muito, principalmente no que se refere à qualificação. Hoje é indispensável que a mão de obra seja de qualidade, principalmente por se tratar de um segmento que chega ao consumidor final.

Na sua opinião, o que pode ser feito para desenvolver ainda mais o comércio varejista da Região? Já existe algum projeto nesse sentido?
Os pequnos e médios varejistas precisam estar preparados para a concorrência. E para se sobressair têm de se aperfeiçoar, investindo na capacitação, no atendimento diferenciado e encontrar o seu público. Por isso, é fundamental que os varejistas consigam a consultoria do SEBRAE para não perecerem no meio do caminho. Procuraremos nos manter integrados com o SEBRAE para que possamos continuar ministrando os cursos e palestras, visando que o comércio de cada cidade tenha o seu desenvolvimento dentro daquilo que se propõe. Vou citar aqui um exemplo do Circuito das Águas. As cidades que integram o consórcio realizam um trabalho conjunto com o SEBRAE, mas para cada uma delas são desenvolvidos palestras e cursos diferenciados, partindo-se de um projeto global para o Circuito das Águas. A saída, sem dúvida, é a regionalização, mas sem perder o foco de identidade. Cada município tem o seu potencial.

Quais as dificuldades que pequenos e médios empresários enfrentam atualmente?
Os pequenos e médios empresários sobrevivem hoje, apesar da alta carga tributária que o Pais impõe. Há de se trabalhar para que haja maior facilidade de acesso ao crédito – com juros compatíveis – para que o varejista, principamente, possa ter capital de giro e pagar parcelas que não interfiram neste giro. No que tange a vendas a prazo, por exemplo, as financiadoras têm oferecido crédito, mas o cliente, dependendo do valor da compra, acaba até desistindo, pois os juros inibem o parcelamento. Há muitas alternativas, mas a sobrevivência exige arrojo e posicionamentos efetivos diante da globalização.