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Projeções para o Natal sobem e puxam as vagas temporárias

A CNC ressalta que será o menor desempenho de vendas dos últimos quatro anos, mas a revisão de 4,5% em agosto para 4,8% em setembro e, agora, para 5%.

Fatores macroeconômicos como a inflação moderada no segundo semestre, que deixa de pressionar os preços ao consumidor, e a estabilidade do dólar no período podem ajudar o comércio a vender mais na reta final do ano. Por consequência, a contratação de temporários também apresenta crescimento e faz com que o segmento tenha melhor desempenho, tentando afastar a possibilidade de crise no setor.

Segundo o economista da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CN), Fábio Bentes, esses fatores, somados à menor inadimplência, fizeram com que a entidade revisasse para cima suas projeções para o Natal. "O primeiro semestre foi muito difícil para o comércio. Um dos principais fatores foi a inflação que pressionou o atacado, que abastece as empresas de pequeno e médio porte que concentram mais de 90% do setor", disse.

A CNC ressalta que será o menor desempenho de vendas dos últimos quatro anos, mas a revisão de 4,5% em agosto para 4,8% em setembro e, agora, para 5%. "Não conseguiremos atingir os mesmos 8,1% de 2012, mas isso mostra recuperação nas vendas", disse. Bentes explicou também que, com o aumento das vendas, as contratações temporárias crescem e a CNC revisou sua projeção, que há menos de dois meses era de 1,8% e agora é de 2,5% para o período. 

Quem também irá rever as perspectivas para o segmento é a Federação do Comércio de Bens, Serviço e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP). Segundo a assessora econômica da entidade, Fernanda Della Rosa, pode ser que o comércio apresente crescimento entre 3% e 4% o faturamento real. "A estimativa não está fechada ainda, mas as perspectivas começam a se mostrar melhores para o final de ano", disse. A projeção anterior da entidade era de 2% a 3% este ano.

Fernanda explicou que a primeira parcela do décimo terceiro salário, que deve estar disponível ao trabalhador até o dia 30 de novembro, será para quitar as dívidas mais pesadas. Já a segunda parcela deverá ser usada para as compras. "Eles vão saldar suas dívidas para depois voltar a consumir. Fora que estamos com um índice de inadimplência moderado, se ele fosse maior teríamos um problema". A economista refere-se à queda de confiança que impacta diretamente o consumo da população.

Sobre os temporários, a previsão para 2013 é que 159 mil trabalhadores serão contratados no País até o final de ano, alta de 1,3% em relaação ao ano anterior, segundo dados divulgados pelo Sindicato das Empresas de Prestação de Serviços a Terceiros, Colocação e Administração de Mão de Obra e de Trabalho Temporário no Estado de São Paulo (Sindeprestem).

Dos empregados temporários contratados a expectativa é de que 12% sejam efetivados após as vendas de final de ano, representando 19 mil contratados.

Fonte: DCI