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Redução de repasse ao Sistema S será catastrófico para a população

A redução no repasse pode gerar demissões nas entidades. Além de que com esse corte será impossível continuar com os serviços que são oferecidos de forma gratuita o que vai afetar diretamente a população que é atendida nesses locais.

O anúncio das medidas de ajuste fiscal anunciadas pelo governo, entre elas a retenção de parte das verbas do Sistema S – conjunto de nove instituições de categorias profissionais como Sesc, Senai, Sebrae e Senac, gerou crítica de empresários do varejo. A proposta do governo federal é transferir para a Previdência Social 30% dos repasses feitos pelas empresas ao sistema S. Isso segundo essas empresas seria desastroso.

De acordo com o diretor regional do Sesc-SP, Danilo Santos de Miranda, redução no repasse pode gerar demissões nas entidades. Além de que com esse corte será impossível continuar com os serviços que são oferecidos de forma gratuita o que vai afetar diretamente a população que é atendida nesses locais.

“Não temos nenhuma outra fonte de recursos, temos um pouco da operação, mas a operação tem valor simbólico. Nossa principal fonte de arrecadação é proveniente da contribuição compulsória das empresas da área do comércio, serviços e turismo que pagam via previdência. Nosso pagamento vem via previdência, por isso se sentem, talvez, no direito de pensar que nós somos financiados pela previdência, quando não somos. Vamos ter que rever todo nosso atendimento. Não serão apenas os empresários que serão prejudicados, com relação a esse corte, mas sim a população em geral. Grande parte da população. Em São Paulo são mais de 150 mil alunos no ensino regular. O Sesc tem 2 milhões de matriculados que participam de nossas atividades nas 36 unidades espalhadas pelo Estado. Nós temos quase 7 mil trabalhadores que se dedicam integralmente a este trabalho. Nós vamos reduzir tudo em 30%. Isso é muito grave, é sério, é um problema muito complicado e não parece que foi levado em conta. É muito perigoso cortar 30% dessas organizações todas porque naturalmente isso pode implicar numa redução da própria equipe. Isso é uma coisa óbvia”, terminou.

A presidente do SindiVarejista, Sanae Murayama Saito, também é contra o corte. "Muitos acreditam que o governo banca. Novamente – Sesc, Senac, Sebrae é demais S , são mantidas pelos empresários de cada segmento e por nossa vontade desde meados 1940 para beneficiar  nossos colaboradores. Diga Não a Contabilidade Criativa! O nosso dinheiro que tem destino certo e eficaz para nossos colaboradores!", afirmou Sanae.

Ela lembrou da origem desses locais de cultura, educação e lazer. “Por volta de 1940 um grupo de empresários do comércio preocupados com a formação, saúde, lazer e cultura de seus colaboradores institui o SESC (cultura e bem estar) e o Senac ( educacional) que desde então  é mantido pelas contribuições compulsórias das empresas do comércio, bens e serviços”.

“Já hoje o Sesc está com as portas abertas para todos cidadãos em seus espetáculos com preços acessíveis. Para as crianças o Projeto Curumim que complementa a grade escolar com atividades múltiplas, aos associados tratamento dentário com valores diferenciados. O Senac além dos cursos em diversas áreas, vários gratuitos , com destaque ao Menor Aprendiz e o PET – Programa de Educação ao Trabalho, onde jovens são introduzidos ao mundo do Trabalho.

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