Prefeitura confirmou o início das obras no dia 23 e a previsão de entrega é abril do ano que vem. Veja o que vai mudar
As obras de revitalização da Avenida Francisco Glicério começarão dia 23 de fevereiro e serão concluídas em abril de 2016, informou ontem o secretário de Desenvolvimento Econômico de Campinas, Samuel Rossilho.
O valor total da remodelação — que implicará no enterramento da fiação, na mudança das calçadas, das bancas e da iluminação e que eliminará uma faixa de trânsito da principal avenida da cidade — não foi divulgado porque a CPFL Energia, que arcará com os custos do enterramento da fiação e transformadores, não informou seu orçamento.
Investimento
A Prefeitura, que aposta nesse projeto para alavancar a revitalização do Centro, vai investir R$ 6 milhões, a Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento (Sanasa) R$ 3 milhões e as empresas de telefonia mais R$ 2,4 milhões.
As obras terão início na Avenida Orosimbo Maia. Durante 40 dias, o trecho de 240 metros até a Rua Marechal Deodoro ficará interditado, com apenas acesso local liberado. A partir daí, as obras ocorrerão quadra a quadra — a estimativa é de interdição de cada uma delas por 30 dias. A cada trecho concluído, a uma velocidade de 6 metros a 10 metros por dia, tem início a etapa seguinte.
Planejamento
A previsão é que a revitalização chegará na Avenida Moraes Salles em 30 de novembro, quando então será interrompida para não atrapalhar as vendas do comércio no mês de Natal. Em janeiro, informou o secretário, as obras recomeçam e chegarão na Avenida Aquidabã em abril, quando então termina a revitalização de 1,2 quilômetros da avenida.
A Administração garante que a revitalização ocorrerá sem o caos vivido na Rua 13 de Maio, que começou a ser revitalizada em 2003 e enfrentou mais de um ano de obras, que afastaram os consumidores, irritaram lojistas e custaram R$ 7 milhões em recursos públicos.
Propostas
Na próxima semana, os lojistas da avenida receberão as propostas para remodelação das fachadas, especialmente em relação à publicidade. A autarquia Serviços Técnicos Gerais (Setec) está finalizando os projetos das bancas comerciais que ocuparão a avenida e a Comissão de Revitalização está preparando material de informação sobre a proposta e o cronograma de obras para ampla divulgação.
Para o historiador Carlos Augusto Sung é importante que a revitalização da avenida fortaleça sua importância histórica, os edifícios tombados e seja motivo de incentivo à preservação. “O patrimônio histórico tem que estar no centro desse processo, para ser valorizado e preservado”, afirmou.
O engenheiro José Roberto de Oliveira acredita que a revitalização da Glicério poderá ser o mote para uma mudança geral da região central, com a restauração de prédios históricos, a atração de atividades de cultura e lazer, especialmente à noite, e despertar o interesse das pessoas em voltar a morar nessa região. “Essa avenida merece renascer, ser embelezada e ganhar atrativos para que a população ande por ela também à noite”, afirmou.
Comércio
A Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic) vai atuar como intermediária entre o setor e os órgãatilde;os envolvidos na revitalização da Glicério e buscar linha de crédito para os comerciantes poderem financiar as obras que terão que fazer — readequação das fachadas e nova instalação elétrica. Muitos comerciantes não estão preparados para fazer o investimento.
O site da entidade colocou no ar ontem as especificações técnicas da nova instalação que o comércio terá que fazer e vai intermediar a contratação de um profissional para atuar no maior número possível de estabelecimentos, a um preço abaixo da média de mercado. O mesmo procedimento será adotado para a contratação de um arquiteto responsável pela adequação das fachadas.
O Sebrae, a convite da Acic, também dará assessoria ao comércio que queira, aproveitando as obras, reformular e modernizar as lojas, oferecendo projetos gratuitos.
Fonte: Correio Popular
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