Home  > Notícias do Varejo  > Shoppings e varejistas buscam soluções para manter ritmo de vendas

Shoppings e varejistas buscam soluções para manter ritmo de vendas

O setor de shoppings tem se mostrado mais resistente à crise do que outros setores, ao mesmo tempo em que já busca soluções para manter o fluxo de visitantes.

Empresários dos setores de shoppings e varejo alertam que o ano de 2016 deve continuar envolto em dificuldades econômicas, após uma deterioração mais forte que a esperada em 2015. Ao ressaltarem incertezas no País, os executivos destacam que o próximo ano deve ser um grande teste para as companhias, o que tem exigido mudanças nos negócios ou estratégias mais cautelosas, de forma a manter as vendas.

"O ano de 2015 piorou a cada mês. Nós nos preparamos para momentos de dificuldade, mas não esperávamos o atoleiro que viria", afirmou o presidente da Aliansce Shopping Centers, Renato Rique. Para ele, é difícil dizer como será 2016, pois ainda há fortes incertezas no cenário atual, como as discussões em torno da futura composição do governo.

No entanto, ele ressaltou que o setor de shoppings tem se mostrado mais resistente à crise do que outros setores, ao mesmo tempo em que já busca soluções para manter o fluxo de visitantes. "Tenho visto promoções que há tempos não eram feitas. A despeito do momento, o movimento nos shoppings tem se mantido, embora isso varie de empreendimento a empreendimento", afirmou.

Para o presidente da Tenco Shopping Centers, Eduardo Gribel, o momento de crise pode oferecer algumas oportunidades na busca por expansão. O executivo afirmou que a empresa planeja aumentar o número de shoppings até 2018, quando poderá decidir sobre uma eventual abertura de capital. "Oportunidades aparecem em empreendimentos em que o preço de aquisição é menor que o custo de reposição", apontou o executivo.

Os momentos de crise também podem apontar para estratégias mais cautelosas. O sócio-diretor da Farm, Marcello Bastos, afirmou que o ano de 2016 pode ser pior que 2015, o que será acentuado por mudanças nos padrões de consumo entre os jovens. "Estamos concentrando nossos esforços em geração de caixa. Vamos aproveitar oportunidades, que possam ser rentáveis no curto prazo. Só devemos investir no que deve gerar caixa", disse, ao apontar que a empresa tem buscado soluções para fortalecer a marca.

Participando de painel com os outros executivos, em evento organizado pela Associação Brasileira dos Shoppings Centers (Abrasce), o presidente das Lojas Renner, José Galló, afirmou que os empresários do varejo e de shoppings devem se unir para pressionar os políticos em busca de soluções para a economia. "Trabalhamos muito para pagar impostos, que são mal empregados. Temos muito mais influência do que imaginamos", disse o executivo, ao apontar a necessidade de revisão de regras trabalhistas.    

Fonte: Estadão