Apas espera faturar R$ 9,35 bilhões em 2011, crescimento corresponde a 8% em relação a 2010; classe C deve impulsionar vendas
Alavancados pelo maior consumo da classe C, os supermercados dos municípios que integram a regional de Campinas da Associação Paulista de Supermercados (Apas) esperam faturar R$ 9,35 bilhões neste ano, um crescimento de 8% em comparação ao resultado do ano passado, que fechou em R$ 8,66 bilhões.
O montante será a soma da comercialização dos 960 supermercados e hipermercados instalados nas 90 cidade que abrangem a regional da Apas-Campinas, representando uma receita equivalente a 15% do faturamento do setor no Estado de São Paulo.
A projeção tem como base os estudos econômicos elaborados pela entidade e foi apresentada na quinta-feira (24/03) pelo presidente da Apas, João Galassi, em Campinas, na divulgação do Congresso de Gestão e Feira Internacional de Negócios em Supermercados — Apas 2011. O evento, voltado aos empresários do setor, acontecerá em São Paulo, entre os dias 9 e 12 de maio, e terá como tema principal “Inovação — Simplificando a vida do consumidor”.
Galassi explicou que um dos fatores que explica a projeção de alta de 8% no faturamento é o maior poder de compra da classe C. “O consumo é crescente em diversas categorias que antes não representavam tanto no mix dos mais vendidos nos supermercados, e que já apresentam um desempenho acima da média”, disse.
Entre esses produtos, Galassi destacou os sucos em caixas, iogurtes, biscoitos e água mineral. Além disso, a classe C começa também a consumir com mais frequência e volume artigos que eram procurados mais pelas classes A e B, como os vinhos e outros tipos de bebidas, além de artigos mais sofisticados de higiene e limpeza.
Uma pesquisa do instituto Data Popular, especializado em mercado consumidor emergente, revelou recentemente que a nova classe média é a que mais se cuida e se preocupa com a estética, mostrando que a classe C já supera as classes A e B na soma total de gastos nesse setor. As pessoas dessa camada social lideraram o consumo nacional de itens relacionados à higiene e cuidados pessoais no ano passado.