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Varejistas de supermercado se atentem a limpeza dos carrinhos de compra

Uma pesquisa realizada em supermercados de Campinas e Valinhos aponta que há sérios riscos à saúde relacionados ao uso intenso de bebês-conforto

Varejistas de supermercados, o SindiVarejista alerta para a importância se atentar a limpeza constante de bebês-conforto acoplados aos carrinhos em seus estabelecimentos. Uma pesquisa realizada em supermercados de Campinas e Valinhos aponta que há sérios riscos à saúde relacionados ao uso intenso de bebês-conforto acoplados aos carrinhos somado à falta de higienização e exposição às sujeiras, como poeira, restos de alimentos, ferrugem e oriunda das mãos dos usuários. O estudo foi desenvolvido ao longo de quatro meses no ano passado em 37 carrinhos, sendo que apenas 11 contavam com bebê conforto.

“Todos apresentaram crescimento de bactérias e fungos, no entanto, nos que tinham bebê-conforto acoplado houve a presença também de parasitas”, alerta doutora em Microbiologia Rosana Siqueira, professora da DeVry Metrocamp que orientou o projeto.

“Já existia uma pesquisa em outro estado e como tenho filha isso me chamava a atenção, então um aluno se interessou e decidimos fazer”, conta a docente, que sempre pediu protetor descartável para colocar no bebê conforto quando ia às compras com a filha, que hoje tem cinco anos de idade.

Dentre os micro-organismos encontrados estavam ‘Escherichia coli’, ‘Klebsiella pneumoniae’, ‘Staphylococcus sp’, ‘Proteus sp’, ‘Trichophyton sp’, ‘Aspergillus niger’, leveduras como a ‘Candida sp’ e o protozoário ‘Endolimax nana’.

Segundo a microbiologista, tais micro-organismos podem causar complicações como conjuntivite, diarreia, micoses de pele, infecção de urina, infecção pulmonar e até mesmo doenças mais graves caso atinjam a corrente sanguínea.

“Alguns são habitantes do corpo humano, no entanto, em alguns grupos de riscos, como recém-nascidos prematuros, de baixo peso, idosos e pessoas que estão com sistema imunológico debilitado por estarem se recuperando de alguma doença, o contato com esses micro-organismos pode ser nocivo à saúde”, frisa ela, que orienta cobrir o bebê conforto com uma fralda ou uma toalha caso o supermercado não disponibilize protetores descartáveis ou não tenha como higienizar com lenço umedecido.

Outra orientação é que os usuários higienizem as mãos e os pais evitem colocar crianças maiores dentro do carrinho, pois as solas dos calçados sujas aumentam a contaminação, que podem chegar aos alimentos.

“Não coloco muito ela porque acho desconfortável. Não pela questão da sujeira, mas é bom saber para ficar mais atenta”, diz a fotógrafa Juliana Barros, de 33 anos, mãe de uma menina de sete meses. Com um filho de 4 anos, a dona de casa Silvana Vieira, de 45 anos, afirma sempre ter sido cautelosa. “Quando ele era menor, punha sempre um pano, além do protetor que alguns supermercados tem ou até passava lenço umedecido.”