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Varejo extingue 717 empregos formais em março na região de Campinas

As informações são da pesquisa PESP elaborada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP)

Em março, o comércio varejista na região de Campinas fechou 717 postos de trabalho, resultado de 7.110 admissões contra 7.827 desligamentos. Em 12 meses, foram eliminados 3.943 empregos com carteira assinada, o que levou a um recuo, na comparação com março de 2016, de 2% do estoque total que atingiu 194.850 trabalhadores formais.

As informações são da Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP) elaborada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). O estudo é feito com base nos dados do Ministério do Trabalho por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e o impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo é obtido com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

Das nove atividades analisadas, apenas farmácias e perfumarias (2,6%) e supermercados (0,9%) apontaram crescimento no estoque de empregados em março na comparação com o mesmo mês de 2016. As maiores reduções proporcionais foram vistas nos segmentos de materiais de construção (-6,5%), lojas de móveis e decoração (-6,1%) e lojas de vestuário, tecidos e calçados (-6%).

Desempenho estadual

Pelo quarto mês consecutivo, o comércio varejista do Estado de São Paulo apresenta encolhimento no quadro de funcionários. Em março, foram fechados 9.949 postos de trabalho, resultado de 71.449 admissões contra 81.398 desligamentos. Apesar do saldo negativo, a eliminação de vagas foi menor do que a registrada em março de 2016, quando 13.277 empregos foram extintos. Com o resultado, o varejo encerrou o mês com um estoque total de 2.052.514 trabalhadores, queda de 1,5% na comparação com março de 2016. No acumulado dos últimos 12 meses, foram eliminados 30.797 empregos com carteira assinada.

De acordo com a Federação, os números do mercado de trabalho do comércio varejista do Estado de São Paulo no mês de março exemplificam bem a persistência da crise de empregabilidade que o setor vivencia. Segundo a Entidade, está cada vez mais claro que por mais que haja uma continuidade no processo de amenização das perdas de vagas, na comparação interanual, o estancamento da retração do mercado de trabalho se dá de forma bastante lenta.

Entre as nove atividades pesquisadas, apenas farmácias e perfumarias (2%) e supermercados (1%) apresentaram crescimento no número total de empregos na comparação com o mesmo mês de 2016. Por outro lado, os piores desempenhos foram registrados nos segmentos de concessionárias de veículos (-4,9%), lojas de vestuário, tecidos e calçados (-4,4%) e lojas de móveis e decoração (-4,2%).

Observando os dados por ocupações, os maiores saldos negativos em março são de vendedores e demonstradores (-3.118 vagas) e caixas bilheteiros e afins (-1.098 vagas).

Segundo a FecomercioSP, mesmo com a recuperação gradual da confiança dos empresários, a expansão prática de seus investimentos, inclusive do quadro de trabalhadores, se dará apenas quando houver uma reação mais consistente das vendas do setor.