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Vendas no varejo devem fechar o ano com alta de 8,5%

Setor deve ter novas acelerações, mas não no mesmo ritmo de junho, que foi muito forte

As vendas no comércio varejista devem continuar a crescer nos próximos meses, mas não no mesmo nível de junho, na opinião da economista-chefe do Bank of New York Mellon ARX Investimentos, Solange Srour Chachamovitz. “É natural que daqui para frente as vendas do comércio não voltem a fraquejar como antes. Devem ter novas acelerações, mas não no mesmo ritmo de junho, que foi muito forte. É possível que o consumo tenha uma força maior no segundo semestre em relação ao primeiro”, avaliou.
De acordo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as vendas do comércio varejista restrito subiram 1,5% em junho ante maio, com ajuste sazonal.

Na avaliação de Solange, se o consumo se mantiver expressivo nos próximos meses, perto de 1,00%, as chances de o Produto Interno Bruto (PIB) fechar 2012 acima de 1,50% aumentam. “Se o consumo ficar forte, há condições de o PIB terminar o ano mais próximo de 1,80%”, afirmou. Por enquanto a economista prevê um avanço do PIB de 1,70% em 2012. Já as venda no varejo deverão fechar o ano com crescimento de 8,50%, contra 6,70% em 2011.

Solange acredita que governo poderá prorrogar a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis, apesar das melhoras nas condições de crédito, com a queda nos spreads e nas vendas. O anúncio deve ficar mais para o fim do mês, disse. “Ainda não está dado que o setor vai continuar bem nos próximos meses. O governo vai querer garantir vendas positivas até o fim do ano”.

Desempenho do Pão de Açúcar deve melhorar 

O Grupo Pão de Açúcar começou a apurar no atual trimestre uma retomada do ritmo de vendas  favorecido pelas medidas estatais para impulsionar o consumo, combinadas a fatores sazonais. “Julho foi um bom mês, agosto deve ser melhor porque o calendário ajuda e setembro deve ser ainda melhor do que agosto”, disse o presidente-executivo da varejista, Enéas Pestana,  no Fórum de Varejo da América Latina, acrescentando que as vendas no terceiro trimestre até agora ficaram “dentro da meta” da empresa.

Fonte: DCI