Contando um Causo

Trocou remédio da esposa por uma ferramenta

A administradora financeira Cristina Herrera. Foto: Adriano Rosa/SindiVarejista

Quem nunca conheceu um bom vendedor que te convenceu a comprar algo que não precisava? Desta vez, história semelhante aconteceu na loja Comercial Andorinha de Parafusos, em Campinas. A administradora financeira Cristina Herrera conta que certo dia um senhor muito  simples apareceu na loja e ficou tão empolgado com uma ferramenta que decidiu compra-la com o único dinheiro que tinha: cerca de R$ 300, que usaria para o remédio da sua esposa, que tinha uma doença crônica. A troca do remédio pela ferramenta rendeu altas discussões entre os funcionários. “Coitada da mulher, se fosse meu marido, não perdoaria”, diziam algumas. No entanto, a “culpa” maior recaiu sobre o vendedor, que é considerado daqueles que, podemos dizer, “vende até a mãe”. “O vendedor tem uma fama de ser excelente. Realmente ele tem grande capacidade de convencimento e sempre consegue fazer com que aquele cliente indeciso efetue a compra. Com essa história, a fama dele ficou ainda maior: ele conseguiu fazer o homem trocar o remédio da mulher por uma ferramenta”, conta Cristina que, relembra que o assunto gerou muitas risadas e discussões entre os colegas. O fato é que, depois que o cliente foi embora com a ferramenta, todos ficaram curiosos para saber a reação da mulher ao ver o marido chegar em casa sem o remédio, e com uma ferramenta.

Causo publicado na edição número 39 do Nosso Varejo.

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Comerciantes do Mercadão se adaptam às mudanças

O Mercadão Municipal abriga muitas histórias de comerciantes instalados há décadas no local. E, uma delas, é contada por Roberto Germiniano, de 63 anos, que no final de 2014 assumiu a banca ‘Casa da Pesca’, após a morte do pai, Euclides Germiniano. A loja é de 1956 e por cerca de 40 anos vendeu tabaco. Porém, a família decidiu mudar o ramo do negócio após a queda significativa de fumantes. Naquela

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Roberto Germiniano com as fotos da antiga plantação de tabaco

época, o filho conta que o pai viajava para Poço Fundo, em Minas Gerais, para comprar tabaco onde havia uma plantação. E foi numa dessas viagens que resolveu parar de fumar. “Meu pai parou em uma lanchonete na estrada e pediu um maço de cigarros. Com medo de ficar sem, colocou um maço em um bolso e pediu mais um para outro bolso. Logo em seguida, pediu outro. Quando percebeu, estava cheio de maços espalhados pelo corpo e viu que era hora de parar. Depois disso nunca mais fumou, mesmo trabalhando com tabaco.” Aos poucos, seo Euclides passou a oferecer outros itens na loja até que parou definitivamente com a tabacaria. Hoje à frente do negócio do pai, Roberto discute com os filhos qual rumo da loja. “Tem que ter talento para o comércio”, finalizou.

Causo publicado na edição número 38 do Nosso Varejo.

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Perguntas inusitadas e a paciência no comércio

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Funcionários da loja Local, no centro de Campinas.

Trabalhar no comércio, atendendo dezenas de clientes todos os dias, nem sempre é tarefa fácil. Perguntas inusitadas causam espanto e algumas vezes boas risadas por parte dos comerciantes e funcionários. Desatentos e muitas vezes apressados, os consumidores entram nas lojas em busca de determinado produto, sem se darem conta do real segmento daquele comércio. Na loja Local, que vende capas para aparelho celular no Centro de Campinas, as perguntas são as mais variadas e algumas até causam espanto. A auxiliar de atendente da loja, Cristiane Thais da Silva Mendes conta que já foi questionada se vendia meiacalça. “Acho que, pela pressa ou correria do dia a dia, as pessoas estão desatentas. Mas, mesmo assim, a gente responde com tranquilidade”, afirmou a funcionária rindo da situação. Já os atendentes da ótica Sarita, Kauan Mizael, de 18 anos, e Rafael Gomes, de  20 anos, contam que frequentemente são questionados se, na ótica, vende-se aparelho celular. “Quase todo dia nos  param e perguntam se vendemos celular.  Aí, temos que explicar que aqui é uma ótica, apesar de haver óculos espalhados por todos os lados”,  afirma Rafael, que também ri da situação. “As pessoas estão acostumadas a perguntar antes mesmo de observar o que  tem na loja. A gente se acostumou e responde numa boa”, finalizou Kauan.

Causo publicada na edição número 37 do Nosso Varejo.

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Instalar tela na janela? Só se for escondido do síndico

Hoje em dia, todo mundo já está acostumado e quem mora em apartamento e tem filhos pequenos considera como prioridade a colocação de telas de proteção de nylon nas janelas e sacadas. Até mesmo quem possui animais de estimação, como cães e gatos, também adota essa solução para prevenir acidentes.

Mas lá nos anos de 1980 as coisas eram bem diferentes e o comerciante Jorge Nishihata, dono da loja Nish Rede de Proteção, localizado no bairro Bonfim em Campinas, lembra-se de uma história engraçada. A pedido de uma cliente que morava em um prédio no Cambuí e queria colocar as telas em seu apartamento, ele precisou entrar escondido no imóvel para evitar que o síndico barrasse o serviço.

“Naquela época, muitos prédios tinham regras que impediam as telas de proteção nas janelas e sacadas. Lembro-me que deixei meu carro estacionado em local afastado e entrei com a moradora no carro dela, como se fosse um familiar ou amigo, para ninguém perceber o que estava fazendo ali”, relembra o comerciante que está no ramo há quase 30 anos.

Nishihata também conta que conseguiu entrar no prédio sem levantar suspeita e que somente depois que havia finalizado a instalação das telas é que o síndico percebeu o que havia acontecido. Segundo o comerciante, ele ficou bastante irritado com a situação, mas não pode fazer nada. “Com o serviço feito, não tinha mais como desfazer e a tela continuou lá”, lembra Nishihata que garante que hoje a cenário para o seu ramo de negócio está muito melhor e não é mais necessário correr nenhum risco para fazer as instalações.

Causo publicado na edição 36 do Nosso Varejo

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IR: também quero ser restituído

Neste momento em que está aberto o prazo para declaração do Imposto de Renda à Receita Federal (até 30 de abril) muitos contadores não deixam de lembrar de histórias pitorescas que acontecem nos escritórios de contabilidade. E não são poucas!

Desta vez não foi diferente. Suze Esteves Oliveira, proprietária e contadora da Pasciolo Assessoria Contábil, escritório instalado em Campinas, recorda-se que todo ano, quando passa a colocar uma placa em frente ao seu estabelecimento oferecendo o serviço de declaração do Imposto de Renda, recebe sempre uma enxurrada de gente querendo saber como faz para ser restituído.

O fato é que, o que muita gente não entende, é que você só recebe a restituição quando faz o pagamento do imposto à Receita Federal. “Ocorre que, geralmente, autônomos, pessoas desempregadas ou qualquer pessoa que não têm empresa aberta ou o imposto retido no holerite, não recebem a restituição porque não contribui”, explica Suze.

Acontece que quando amigos e familiares que receberam um dinheiro extra, proveniente da restituição do Imposto de Renda, muita gente fica empolgada para saber como receber também. É aí que gera a confusão. “Quando trata-se de um assunto que envolve o Imposto de Renda sempre surgem questionamentos. Cabe a nós ter paciência e explicar”, afirma Suze que garante já estar habituada a esse tipo de confusão.

Apesar disso, mesmo com tanta gente querendo também ser restituído pelo governo, Suze afirma que mantém a placa com o anúncio sobre a prestação de serviço na porta do escritório. “É nosso trabalho, nos resta explicar como tudo funciona e orientar”, finaliza.

Causo publicado na edição 27 do Nosso Varejo Contador

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O misterioso sumiço do molho de chaves

O gerente da frutaria Rio das Pedras, Tiago Queiroz, localizada em Barão Geraldo, lembra de um causo antigo, mas que até hoje rende boas risadas. É muito comum clientes da frutaria perderem suas chaves na loja. Deixam nas bancas, misturadas a frutas e legumes.
E, somente quando estão indo embora, e precisam abrir o carro, é que percebem que não estão mais com elas. E toca todo mundo procurar as chaves para ajudar o cliente. E foi assim que aconteceu certa vez. Um cliente perdeu suas chaves na loja, mas nem uma força-tarefa de quatro funcionários dispostos a ajuda-lo fez com que a chaves aparecessem, após duas horas de procura.
“Procuramos em todos os locais possíveis e impossíveis e nada das chaves”, conta o gerente. Diante do problema, o cliente resolveu pegar um taxi e ir para casa em busca de uma chave reserva. “Mas percebeu também que não tinha uma cópia. A solução foi mandar um guincho vir buscar o carro e mandar fazer uma nova chave”, relembra Tiago.
Mas a história não acaba por aqui. Tiago conta que, no dia seguinte, passada a confusão, o cliente da frutaria tomava café em casa quando abriu a sacola onde estavam alguns pães comprados na frutaria. “Quando pegou a sacola, encontrou as chaves. Ela estava ali, o tempo todo”, relembra o gerente, afirmando que esses esquecimentos são muito comuns. “Até
hoje temos uma bengala deixada aqui e ninguém volta para pegar”, finalizou.

Causo publicada na edição número 35 do Nosso Varejo.

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Levou bronca da Receita Federal

Levou-bronca-da-Receita-Federal José Antonio Frealdo Junior é dono de um escritório de contabilidade localizado no Centro de Campinas e, certa vez, junto com a sua funcionária Lúcia Zimenes Gomes se deparou com uma situação engraçada, mas que resultou em uma bronca dada por uma antiga e conhecida funcionária da Receita Federal.

Tudo começou quando o site da Receita foi todo reformulado, tempos atrás, mudando a posição dos ícones e alterando seu visual. Em uma eventual necessidade, Lúcia e “Seo” Frealdo não achavam de jeito algum o botão necessário para realizar determinado serviço na página. Sem conseguir resolver o trabalho, desconhecendo onde estava o ícone do tal serviço, Lúcia foi até a Receita se informar. Mas, no entanto, deparou-se com a funcionária já impaciente com tantas perguntas a respeito do novo site que logo disparou: “Se pintar papagaio de preto ninguém acha, não é possível”, esbravejou, criticando Lúcia pela pergunta.

Lúcia conta que saiu do local espantada com a situação e com a resposta da funcionária na ponta da língua. Mas saiu rindo por perceber que os outros contadores estavam com o mesmo problema e, por isso, levando a antiga funcionária a uma tremenda irritação. “Achamos muito engraçada a reação dela, pois foi muito espontânea”, disse. Passado algum tempo, Lúcia e “Seo” Frealdo ainda se lembram da história e do papagaio preto, que rendem algumas risadas.

Tirinha publicada na edição número 34 do Nosso Varejo.

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Perfume em loja de chocolate? Sim, tem cliente que busca

RicardoCarusoGomes_CacauShow O empresário Ricardo Caruso Gomes, proprietário de duas franquias da rede Cacau Show, ainda busca entender o que acontece com as pessoas que frequentam o mini shopping localizado no distrito de Barão Geraldo, onde fica uma de suas lojas. Lá, o estabelecimento que segue o modelo dos demais é um chamariz de clientes em busca de todos os tipos de serviços e produtos. Menos chocolate.

Desde que abriu, há cerca de cinco anos, quase que diariamente, há um fluxo de pessoas que entram na loja pedindo cópia de xerox, caneta, livro e até perfume. No começo, as funcionárias não gostavam e muito menos entendiam. Hoje elas continuam sem entender, mas já se acostumaram com a distração.

Os “não clientes” são homens e mulheres com idades entre 30 e 50 anos. Eles entram já pedindo o serviço, sem dar conta que o balcão e a vitrine estão repletos do doce. “Quando avisamos, eles param, nos olham e daí percebem que em sua volta só há chocolate, além da gafe cometida. Alguns saem rapidinho, outros até sorriem”, diz o comerciante. “É difícil explicar porque não dá pra entender. A vitrine é repleta de chocolate. O letreiro é grande, tudo tem apelo para o chocolate”.

A proximidade de uma papelaria e de uma loja de perfume pode explicar o fenômeno. “Só mostra como as pessoas são distraídas. Precisamos estar mais antenados”, desabafou.

Tirinha publicada na edição número 33 do Nosso Varejo.

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