by Webmaster | 08/09/2015 16:57
Parece que as compras de Natal e o pagamento do 13º salário estão longe e que ainda não é momento de o comerciante de preocupar com as despesas extras de final de ano. Engano! Em um ano de pouco otimismo com a economia, o planejamento é a palavra-chave para o empresário que não quer se engolido pelo pessimismo e falta de confiança do consumidor.
O professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, José Martins Filho, comenta este cenário e dá sugestões de como o varejista pode se organizar para garantir bom estoque, vender mais e ter dinheiro para pagar as despesas Confira o artigo:
Está chegando o final do ano, e com ele um desafio adicional para as empresas: o pagamento “dobrado” da folha de salários dos colaboradores que acontece entre novembro e dezembro. Conseguir esse dinheiro extra é sempre um desafio para quem cuida do caixa nas empresas.
No caixa, a ordem é “não ter dinheiro sobrando, e nem faltando”. Por isso é tão difícil conseguir um volume dobrado de recursos no final do ano para fazer frente a este gasto “adicional”. Normalmente, as empresas contam com as linhas de crédito que os bancos oferecem, geralmente de curto prazo (entre 1 e 6 meses) para cobrir esse período de maior dificuldade. Mas em tempos de crise, os bancos diminuem a oferta de crédito, e as empresas correm o risco de ter os seus limites “congelados temporariamente”, como aconteceu no final de 2008.
E para complicar ainda mais, fim de ano é o melhor período de vendas para o varejo em geral e os investimentos em estoques precisam crescer para fazer frente às vendas maiores. No entanto, o pagamento pelo consumidor dessas vendas nem sempre é à vista, o que gera o chamado “descasamento do fluxo de caixa”, com saídas maiores que as entradas.
Não há “fórmula mágica” para resolver essa questão. Mas algumas dicas importantes podem ser observadas:
1) Se possível, faça uma reserva de caixa, já a partir do mês de agosto, aplicando esses recursos em Fundos de Renda Fixa, procurando guardar um valor suficiente para cobrir o acréscimo provocado pelo pagamento do 13º salário.
2) Procure negociar o maior prazo possível com seus fornecedores (mesmo que você não consiga aquele preço “campeão”), para que o dinheiro que entrar nesse período possa ser utilizado para o pagamento da folha, deixando para pagar os fornecedores em janeiro e fevereiro, meses em que boa parte das vendas de fim de ano são recebidas. Normalmente os descontos oferecidos pelos fornecedores na venda à vista são inferiores aos juros cobrados pelos bancos nos empréstimos, ou seja, é melhor não aproveitar os descontos dos fornecedores, comprando a prazo, do que comprar à vista e depois ter que pegar dinheiro no banco, mais caro.
3) Se você tiver que pegar dinheiro em banco, opte por antecipar os seus recebíveis, pois os juros cobrados são menores devido à garantia oferecida (os próprios recebíveis futuros). A modalidade que antecipa os recebimentos de Cartão de Crédito é a mais simples de operacionalizar e possui juros atrativos.
4) Em hipótese alguma deixe de pagar os valores devidos aos funcionários nas datas corretas, pois, além de infringir diversas leis trabalhistas, o ambiente da empresa piora muito, afetando o desempenho das vendas e a própria lucratividade do negócio.
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