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Juros altos pressionam varejo de Campinas e região, alerta Sindivarejista

A alta nos juros bancários tem gerado impactos crescentes na gestão financeira das empresas do varejo. Em maio de 2025, a taxa média de juros nas operações de crédito empresarial no Brasil chegou a 1,83% ao mês, o maior patamar desde janeiro de 2023. O alerta é da presidente do Sindivarejista de Campinas e Região, […]

A alta nos juros bancários tem gerado impactos crescentes na gestão financeira das empresas do varejo. Em maio de 2025, a taxa média de juros nas operações de crédito empresarial no Brasil chegou a 1,83% ao mês, o maior patamar desde janeiro de 2023. O alerta é da presidente do Sindivarejista de Campinas e Região, Sanae Murayama Saito, que acompanha com preocupação o cenário e seus reflexos diretos no comércio local.

“O custo do crédito às empresas vem subindo de forma consistente, e isso traz enormes desafios para a saúde financeira dos estabelecimentos varejistas”, afirma Sanae.

De acordo com dados do Banco Central, divulgados e analisados pela entidade, o avanço da taxa básica de juros (Selic) tem pressionado também as taxas de mercado, resultando em encarecimento das modalidades mais utilizadas pelos empresários para cobrir gastos operacionais, antecipação de recebíveis e manutenção de fluxo de caixa.

Modalidades mais afetadas pelas altas de juros

Entre as dez linhas de crédito empresarial mais utilizadas, nove apresentaram aumento nos juros em maio de 2025, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Os destaques negativos foram:

•Antecipação de faturas de cartões de crédito: subiu de 0,99% para 1,30% ao mês;
•Cheque especial empresarial: passou de 12,87% para 13,70% ao mês;
•Rotativo do cartão de crédito empresarial: saltou de 9,17% para 10,58% ao mês.

A única exceção foi o crédito para capital de giro com prazo inferior a 365 dias, que apresentou leve queda, de 1,99% para 1,89% ao mês.

“É fundamental que os empresários compreendam que qualquer operação de crédito feita hoje será, na maioria das vezes, mais cara do que se fosse contratada um ano atrás”,
explica a presidente do Sindivarejista.

Menos dependência do crédito, mais gestão estratégica

Diante do cenário, o Sindivarejista recomenda mais cautela e pragmatismo por parte dos gestores. Segundo Sanae, o momento exige planejamento financeiro rigoroso e redução da dependência de empréstimos bancários.

A entidade sugere aos empresários:

•Criar indicadores de desempenho de vendas para orientar as compras e evitar estoques que comprometem o capital de giro;
•Negociar prazos maiores de pagamento com fornecedores, garantindo que eles vençam após os recebimentos dos clientes;
•Reavaliar planos de expansão baseados em captação bancária, considerando o alto custo do financiamento.
“A tomada de crédito precisa ser muito bem analisada. Estamos orientando o setor a reforçar sua capacidade de autogestão para enfrentar esse momento de juros altos”, reforça Sanae.

O Sindivarejista de Campinas segue monitorando o comportamento do crédito no país e prestando suporte técnico aos associados diante dos desafios econômicos.

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