O estudo avaliou, além dos hábitos financeiros, o impacto ambiental e a preocupação social dos habitantes
Uma pesquisa divulgada pela prefeitura apontou que 57% dos moradores de Campinas compram produtos piratas quando o preço é menor do que o que é cobrado no comércio formal. O estudo, batizado de ICC-Campinas (Indicador de Consumo Consciente de Campinas), avaliou, além dos hábitos financeiros, o impacto ambiental e a preocupação social dos habitantes.
De acordo com a ACIC (Associação Comercial e Industrial de Campinas), as lojas registradas deixam de faturar cerca de R$ 250 milhões todo mês por conta da venda em barracas e camelôs, que não arrecadam impostos federais, estaduais e municipais.
Para a presidente da entidade, Adriana Flosi, a pirataria afeta todas as etapas da economia. "As pessoas acham que é vantagem comprar mais barato e esquecem que, com o comércio informal, o formal acaba gerando menos empregos, por falta de lucro, e a administração acumula menos impostos, o que prejudica a cidade como um todo", explicou. "É uma situação que a gente vive já há décadas e para a qual a prefeitura não consegue achar uma solução", completou Adriana.
Danos sociais e ambientais
A pesquisa ainda revelou que 50% das pessoas continuam comprando produtos de empresas acusadas de danos ambientais, 32% não param de consumir produtos de marcas denunciadas por trabalho escravo e 26% deixam a televisão ligada mesmo quando ninguém está assistindo.
A prefeitura anunciou que lançará nesta quarta-feira uma campanha sobre consumo consciente para melhorar os índices.
Fonte: Destak Campinas