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Black Friday dá novo ânimo ao varejo antes do Natal

Em Campinas, a expectativa dos organizadores é que as vendas atinjam R$ 37 milhões

blackfridayOs lojistas estão esperançosos pela chegada do fim de ano para recuperar parte do prejuízo deste ano com a queda nas vendas e o aumento da inadimplência. E uma prévia do Natal vai ocorrer no próximo dia 25, com a sexta edição da Black Friday no Brasil, que deve movimentar R$ 2 bilhões.

Em Campinas, a expectativa dos organizadores é que as vendas atinjam R$ 37 milhões. A cidade é a nona no País com maior tráfego no e-commerce.

O diretor da BlackFriday.com.br, Ricardo Bove, afirmou que, apesar da crise econômica, a projeção é de um aumento de 34% nas vendas neste ano. “Desde a década de 1950, o Brasil não tinha vivido dois anos seguidos de recessão. Vivemos este momento em 2015 e 2016. Mas temos visto que os consumidores represaram as compras para um momento em que encontrassem condições mais favoráveis. E é justamente o que a Black Friday oferece: a oportunidade de comprar produtos de maior valor agregado, como eletrônicos, com preços mais em conta”, disse.

Ele comentou que na outra ponta, tanto indústria como comércio estão com os estoques elevados. “Os varejistas devem colocar uma quantidade maior de produtos em promoção na Black Friday deste ano, com a maioira das vendas fechadas pelo e-commerce, embora desde 2014 parte do varejo também ofereça descontos nos produtos comercializados em lojas físicas”, disse.

De acordo com a empresa, os itens mais procurados pelos consumidores campineiros devem ser smartphones (21%), televisores (8%), eletrônicos (7%), eletrodomésticos (5%), notebooks (4%), produtos de moda (4%), eletroportateis (4%), viagens (3%) e calçados masculinos (2%).
“Campinas é a nona cidade no País com mais acessos a sites de compras. E todas as cidades que estão à sua frente são capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Porta Alegre, Goiânia e Salvador, pela ordem”, detalhou.

Bove disse que a consolidação da data deu oportunidade para que os pequenos e médios comerciantes também pudessem explorar o dia como mais um período especial dentro da estratégia de vendas. “Uma tática que muitos lojistas estão utilizando este ano é antecipar a data e promover um mês todo de vendas com produtos com descontos. Mas o maior movimento é mesmo sempre no dia da Black Friday, que neste ano será em 25 de novembro”, disse.

O diretor ressaltou que 20% do varejo no e-commerce que participa da Black Friday antecipa as ofertas. De acordo com ele, o perfil do consumidor na Black Friday é semelhante ao da pessoa que compra pela internet no dia a dia.

“Metade das 80 milhões de pessoas que têm acesso à internet em casa ou no trabalho compram pelo e-commerce. Percebemos que durante a data promocional muitos consumidores fazem isso pela primeira vez para aproveitar as ofertas”, comentou.

Bove disse ainda que o varejo e os consumidores amadureceram em relação à data. “No início, houve problemas porque muitos lojistas não estavam preparados para a elevada procura. Os consumidores também se confundiram quando entenderam que o varejista ia colocar todos os seus produtos com descontos. Na realidade, é apenas um parcela do mix de produtos que é oferecido com preços menores”, explicou.

O diretor afirmou que a proximidade com o Natal e o pagamento da primeira parcela do 13º salário transformaram os 30 dias entre 25 de novembro e 25 de dezembro, em um período de concentração de vendas. “O fluxo de vendas começa durante a Black Friday e se estende até o Natal”, ressaltou.

De acordo com dados dos organizadores, a Black Friday do ano passado movimentou R$ 970 milhões na região Sudeste. “No País, projetamos uma movimentação de cerca de R$ 2 bilhões este ano”, estimou o executivo.

Fonte: Correio Popular