Os pais devem pesquisar bastante antes de comprar o presente das crianças. Além de observar os preços, é preciso avaliar a diversidade de brinquedos disponíveis nas prateleiras
O Dia das Crianças se transformou em uma prévia do Natal para as lojas especializadas em brinquedos. A expectativa do varejo é ampliar as vendas em 6,32% na Região Metropolitana de Campinas (RMC). O faturamento previsto é de R$ 303 milhões. Mas os pais devem preparar os bolsos. A alta do dólar durante este ano vai afetar os preços dos brinquedos mais cobiçados. Os aumentos variam de 6% até 30%.
Os pais devem pesquisar bastante antes de comprar o presente das crianças. Além de observar os preços, é preciso avaliar a diversidade de brinquedos disponíveis nas prateleiras. O mercado oferece uma grande variedade de produtos, que vai desde R$ 0,90 de um girocóptero até R$ 15 mil de um playground. O duro é conseguir convencer os pequenos de que brincar com uma bola de plástico é tão divertido quanto o boneco do personagem do desenho da televisão.
No topo da lista dos queridinhos da molecada, estão galinha pintadinha, palhaços patati patatá, batmóvel, carro camaro amarelo, motos e carros elétricos e Barbie. Os lojistas reforçam os estoques para atender à demanda do Dia das Crianças e o Natal. O fraco desempenho da economia em 2013 teve impacto sobre o setor que está crescendo menos do que as estimativas. "O mês de setembro começou mais aquecido. A expectativa é de crescimento de vendas nos próximos meses com o Dia das Crianças e Natal", afirmou o gerente da Luck Brinquedos, Márcio Aparecido dos Reis Francisco.
Ele disse que a empresa adota várias estratégias para garantir preços mais competitivos. "Há produtos que a Luck está importando direto do fabricante. A empresa também busca por produtos que não sejam comercializados pelos concorrentes. As ações são para oferecer mais produtos e trabalhar com preços competitivos. Entretanto, estamos recebendo brinquedos com novas tabelas que já tiveram reajustes", disse. Francisco salientou que há aumentos de 20% a 30% nos produtos importados.
Boa parte dos brinquedos comercializados no Brasil vem do Exterior. A China é a grande fornecedora de produtos para o mercado nacional. O gerente da Luck Brinquedos previu um aumento de 10% a 15% nas vendas no Dia das Crianças. "Nós parcelamos o pagamento e apresentamos condições especiais dependendo do volume da compra", garantiu. Ele afirmou que a loja oferece opções que atendem à procura de vários públicos e bolsos. "Temos brinquedos que custam apenas R$ 3,00 até um playground que sai por R$ 15 mil".
A gerente da Sapeca Brinquedos, Eliana Pereira de Camargo, afirmou que o movimento de compra do Dia das Crianças começa no final de setembro. "Nossa loja vende produtos para todas as idades e bolsos. Temos brinquedos de R$ 5,00 e o mais caro custa R$ 899,00." Ela disse que o estabelecimento iniciou agora o recebimento do estoque para a data especial comemorada em outubro.
Pesquisa
Os pais e avós estão mais atentos e o levantamento de preços ajuda a economizar. A recomendação parece antiga e óbvia, mas ainda é a melhor forma de gastar menos. Estudos da Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic) mostrou que o gasto médio será de R$ 131,00 no Dia das Crianças deste ano. A estimativa é de 9,17% de aumento em relação ao ano passado, quando o valor foi de R$ 120,00.
A professora Andreza Levanteze Toni da Silva afirmou que sempre pesquisa preços antes de comprar qualquer produto. "O caminho é pesquisar. As crianças hoje são muito influenciadas pela televisão, mas em casa ensino para os meus filhos o valor dos produtos e o limite de gastos que podemos ter com os brinquedos", afirmou. Ela disse que estimula os filhos a criarem brinquedos com materiais recicláveis. "Tenho um quintal grande e meus filhos aproveitam ao máximo o espaço."
A auxiliar Lúcia Pereira de Lima começou nesta semana a pesquisar os preços para os brinquedos dos netos. "estou calculando quanto vou gastar. Ainda vou escolher se comprarei para presenteá-los no Dia das Crianças ou no Natal. Os preços subiram este ano"quot;, disse. Ela acredita que todos os consumidores devem avaliar as condições de pagamento antes de comprar.
Fonte: Correio Popular