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Dia dos Namorados deve movimentar R$ 6,9 bilhões no e-commerce brasileiro

Em 2021 teremos um Dia dos Namorados como nunca antes

Em 2021 teremos um Dia dos Namorados como nunca antes. Sei que já é o segundo ano em que casais comemoram a data em pandemia, mas este ano tudo está bem diferente. A verdade é que muitas relações mudaram – e a tecnologia é protagonista nessa mudança.

Em praticamente todos os grupos de Whatsapp com amigos, conheço alguém que começou a namorar durante a pandemia. Os apps de paquera nunca estiveram tão ativos. O Tinder, por exemplo, viu um aumento de 32% na duração das conversas dentro do app. O número de matches, que acontece quando dois usuários demonstram interesse dentro da plataforma, subiu 42%. E o mesmo acontece em outros apps de paquera. Happn, Badoo e Inner Circle também registraram crescimento. É a tecnologia substituindo a paquera na calçada do barzinho…

Depois de “conhecer” a pessoa no Tinder, vem o primeiro encontro. Seguindo o raciocínio, grande parte dos dates, pelo menos os primeiros, também acontecem de forma virtual. O Zoom cresceu mais de 326% nos últimos meses – claro que puxado pelas ligações de trabalho. Mas também entram na conta os encontros virtuais e até as festas digitais (sim, isso realmente aconteceu e uma nova cena de DJs que tocam para um público gigante na internet nasceu).

Casais que já estavam juntos e os novos pombinhos também mudaram bastante o comportamento no consumo. Para aquele jantar romântico, em tempos de distanciamento social, os aplicativos de delivery chegam com força – tanto na variedade de lojas quanto no preço.

Analisando os dados de 2020, o Brasil foi responsável por 48% de todos os pedidos de delivery em apps na América Latina. O gasto médio do consumidor brasileiro nesses aplicativos também cresceu 149%.

Agora, falando de Dia dos Namorados, a data comemorada no próximo dia 12 de junho deve movimentar bastante a economia. Pra começar que será um sábado, então não se assuste se seu restaurante preferido estiver com um tempo de entrega maior que o normal nos apps de delivery.

Já quanto aos presentes, trago números interessantes. Segundo a projeção da Neotrust, empresa de Data Intelligence de e-commerce, o faturamento em comparação a 2020 deve ter um crescimento de 10%, chegando a R$ 6,9 bilhões só no online. O ticket médio também deve crescer 12%, ficando na casa dos R$ 452. Contudo, o número total de pedidos deve cair em 3 pontos percentuais (a previsão é que 15,2 milhões de compras sejam concretizadas até a data).

Essa queda no número de pedidos deve acontecer por conta da reabertura do comércio físico em algumas cidades – enquanto no ano passado, a pandemia mantinha fechada grande parte das lojas e olhando para o crescimento do ticket médio podemos acreditar que o número de itens presenteados por pessoa será menor mas com um valor maior.

O pessoal da Neotrust também me passou as categorias que mais serão procuradas ao longo das próximas semanas. São elas: acessórios automotivos; eletrônicos; livros, DVDs e Blu-ray; dermocosméticos, maquiagem, perfumes; doces e bomboniere; floricultura; esporte; moda e acessórios; ótica; jóias e relógios.

Ah, e dar o presente não é o fim da jornada de consumo, né? Quando for decidir o que vai dar, lembre-se de procurar um e-commerce em que seu amor vai conseguir fazer uma troca ou devolução com facilidade e agilidade, caso você não acerte na escolha, no tamanho ou na cor (acontece nos melhores casais, né?).

Conversei com o pessoal da Aftersale esta semana e perguntei se o número de trocas e devoluções aumenta nessa época do ano. O Leo Frade, CEO de lá, me falou que a semana do Dia dos Namorados gera um aumento de 16% nas demandas de trocas e devoluções nos e-commerces de moda (comportamento de 2019 e 2020). Os principais motivos de trocas e devolução são tamanho e cor. Presente de grego não é legal – uma troca sem dor de cabeça é quase tão bom quanto um presente perfeito.

Fonte: Exame