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Microempresas geraram um terço dos empregos em fevereiro no País

Empresas com até quatro funcionários fizeram 103 mil contratações no mês passado, segundo levantamento feito pelo Sebrae

As empresas com até quatro funcionários geraram pouco mais de um terço das vagas formais de emprego abertas no mês passado, quando foi registrado o melhor resultado da história para um mês de fevereiro. Em todo o país foram 103 mil contratações feitas pelas microempresas. As que empregam entre cinco e 19 pessoas geraram 8,4 mil postos de trabalho (3% do total) e as que possuem entre 20 e 99 funcionários, 45,5 mil (16,2%). No total, as micro e pequenas empresas (MPE) contrataram 157.247 profissionais com carteira de trabalho assinada, 56% do volume total registrado no país no período (280.799).

Os dados foram levantados pelo Sebrae a partir dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego. Pela metodologia do Caged, é considerada MPE as companhias que empregam menos de 99 pessoas.

As empresas do setor de serviços geraram metade das vagas abertas nas micro e pequenas. Apesar de manter a liderança na geração de postos de trabalho, a participação das MPE dentro do volume total recuou em relação a janeiro, quando elas responderam por 80% do emprego gerado. Isso se deve a um avanço das médias e grandes, que historicamente geram mais vagas no primeiro trimestre do ano, segundo Leonardo Mattar, responsável pela análise dos dados no Sebrae.
Uma evidência é o fato de que a indústria de transformação, onde predomina a atuação das empresas de porte maior, teve importante papel na expansão do mercado de trabalho. Em fevereiro o setor respondeu por 21,4% dos empregos.

“Existe uma participação mais efetiva das médias e grandes em fevereiro, mas não há uma perda de espaço na geração de emprego pelas micro e pequenas, pelo contrário, elas continuam gerando muito emprego e representando a maioria das vagas criadas”, afirma Mattar.
No volume total de vagas abertas no país, a construção civil responde por 10,9% das contratações, e a agricultura, por 7,4%. Também aumentaram seus quadros os setores de comércio, que empregou 6,2% dos trabalhadores contratados em fevereiro, e a administração pública, que responde por 5,3%. Juntos, a indústria de extração mineral e os serviços de utilidade pública empregaram 0,8% do total.

No acumulado dos dois primeiros meses de 2011, já são 448.742 vagas com carteira de trabalho assinada. A previsão é chegar a 3 milhões de empregos até o fim do ano, segundo Carlos Lupi, ministro do Trabalho. Em 2010, foram gerados 2,5 milhões de vagas.