Estudantes participaram do encontro com o artista plástico campineiro Gustavo Nénão, que realizará oficinas de grafite no mês de setembro.
Alunos da EJA (Educação de Jovens e Alunos) Pierre Bonhomme, na Vila Industrial, participaram nesta terça-feira (26) de uma palestra ministrada pelo artista plástico campineiro Gustavo Nénão, que realizará oficinas de grafite com os estudantes no mês de setembro. O projeto é realizado pelo Conexão Social SindiVarejista e vinculado ao programa “Trabalho, Justiça e Cidadania” (TJC), da Amatra XV (Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 15ª Região).
O encontro deu início às atividades na escola e serviu para que Nénão firmasse o primeiro contato com os alunos, falando sobre sua trajetória no grafite e como a arte tornou-se seu trabalho. As oficinas serão realizadas nos dias 3, 4, 10 e 11 de setembro. Após o fim das atividades, todos os trabalhos serão expostos no SESC e em prédios públicos, como o Paço Municipal.
Cerca de 20 alunos, com idades entre 15 e 50 anos, estão inscritos para participar do projeto. Três deles são estudantes com deficiência intelectual, visual e auditiva e serão acompanhados cada um por um profissional destacado da Secretaria de Direitos da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida que vão auxiliá-los durante as oficinas.
Na atividade cada aluno produzirá seu próprio grafite em uma tela. O tema dos desenhos é “trabalho” e propõe aos alunos a reflexão sobre as várias formas de trabalho que existem e como ter prazer e dignidade nas atividades desempenhadas ao longo da vida.
Durante a palestra, Gustavo Nénão contou que precisou romper barreiras para conseguir viver do grafite e mostrou aos alunos que o trabalho pode estar alinhado à satisfação. “Precisei estudar muito, buscar muito conhecimento para chegar até aqui. Valeu e vale muito a pena. Para mim, o grafite é uma forma de valorização do ser humano”, disse. Campineiro, Nénão é conhecido internacionalmente, realizando diversos trabalhos fora do Brasil.
Desenhos durante a aula
Segundo a coordenadora pedagógica da escola, Elisabete Prezotto, a procura da escola pelo SindiVarejista atendeu a uma necessidade urgente em investir nos alunos que têm afinidade com desenhos. Ela conta que muitos passam horas desenhando durante as aulas. “Percebemos que eles precisavam ser estimulados e não reprimi-los por isso”, afirmou.
A maior parte dos alunos não teve nenhum contato com técnicas de desenho. Por isso, na opinião dela, as oficinas permitirão que eles conheçam mais esse universo.
Para a coordenadora do Conexão Social, Edna Borges, o projeto deverá resultar em bons frutos para os participantes, além de ser uma ótima oportunidade de troca de experiência entre todos. "O SindiVarejista acredita em projetos que podem trazer a transformação de fato nas pessoas que participam e também na valorização do trabalho”, disse Edna.
Confira as fotos do encontro:
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