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13º salário deve injetar até R$ 2,6 bilhões na economia de Campinas em 2025

Estimativa é do SindiVarejista e considera o impacto do pagamento aos trabalhadores com carteira assinada


O pagamento do 13º salário aos trabalhadores com carteira assinada deverá injetar até R$ 2,6 bilhões na economia de Campinas em 2025. A projeção foi feita pelo Departamento de Economia do SindiVarejista de Campinas e Região, com base em dados da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) e do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).

O cálculo considera o total de cerca de 440 mil trabalhadores celetistas no município e a soma das duas parcelas do benefício, que devem ser pagas até 30 de novembro e 20 de dezembro, respectivamente.

Crescimento de 5,8% em relação a 2024

De acordo com o levantamento, o valor estimado representa aumento de 5,8% em comparação à injeção registrada em 2024. O estudo não inclui aposentados e pensionistas, que tiveram o pagamento do 13º salário antecipado para o primeiro semestre de 2025.

Renda extra impulsiona consumo e quitação de dívidas

O 13º salário é aguardado pela população, principalmente por representar um alívio no orçamento das famílias. Os trabalhadores costumam destinar o recurso de três formas principais:

  1. Quitar dívidas, em atraso ou não.
  2. Consumir, aproveitando as datas especiais do fim de ano, como Black Friday, Natal e Réveillon.
  3. Poupar para o início de 2026, período marcado pelas chamadas “contas de verão” — como IPVA, IPTU, material escolar e matrícula, além dos gastos com confraternizações e viagens.

Famílias mais endividadas

Mesmo com o emprego em alta e a ampliação da renda total injetada na economia, a tendência é que a maior parte do 13º salário seja destinada ao pagamento de dívidas.

De acordo com dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 79,2% das famílias brasileiras estavam endividadas em setembro de 2025. A proporção de famílias com contas em atraso subiu para 30,5%, o maior índice desde o início da série histórica, em 2010.

Comércio varejista ainda deve se beneficiar

Apesar do alto nível de endividamento, o comércio varejista de Campinas tende novamente a se beneficiar da injeção de recursos no fim do ano.

Em dezembro de 2024, o faturamento bruto do varejo na Região de Campinas cresceu 18,1% em relação à média dos demais meses. Os setores de vestuário, tecidos e calçados registraram alta de 107%, enquanto o segmento de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos subiu 54% frente à média de janeiro a novembro.

“Esse aquecimento tradicional das vendas deve se repetir em 2025, embora sem expectativa de crescimento tão expressivo quanto o observado no ano anterior”, explicou Jaime Vasconcellos economista da entidade.

Custos também aumentam no período

 

O especialista destaca que os números refletem o faturamento bruto, e não o lucro líquido do setor. “Isso porque, em dezembro, os custos das empresas também sobem — seja pelo pagamento do próprio 13º salário aos colaboradores, seja pelos gastos adicionais com a ampliação do horário de funcionamento das lojas”, explicou.

Juros altos e endividamento limitam avanço das vendas

Mesmo com o mercado de trabalho aquecido, o cenário econômico ainda impõe desafios ao comércio. “Juros elevados, inflação persistente e níveis altos de inadimplência tendem a conter o crescimento das vendas no final de 2025″, analisou a presidente do SindiVarejista, Sanae Murayama Saito.

“Ainda assim entrada sazonal do 13º salário é essencial para manter o dinamismo do varejo e sustentar o consumo das famílias campineiras neste período”, finalizou.


 

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