Os números da economia americana e do varejo local são considerados bastante positivos, o que traz um ar muito otimista ao evento
“O varejo não está morto”. Com essa frase, Matthew Shay, presidente e CEO da NRF (Federação Norte-americana de Varejo), deu o pontapé inicial ao NRF Big Show 2018, no último domingo (14).
Ao longo do primeiro dia do evento, um dos mais importantes do setor no mundo, executivos de varejo e inovadores em geral compartilharam conselhos e ideias para “reinventar” o comércio – por exemplo, com o uso de giftcards. Essa, talvez, tenha sido a maior preocupação por aqui. E o caminho já é sabido: “personalização” foi a palavra mais escutada até o momento.
Os números da economia americana e do varejo local são considerados bastante positivos, o que traz um ar muito otimista ao evento.
De acordo com dados apresentados nas palestras, as vendas no varejo americano durante novembro e dezembro subiram 5,5% em 2017. Os executivos comentam que esse é o setor mais dinâmico da economia e o que pode se renovar mais rapidamente.
Apesar do otimismo, James Curleigh, vice-presidente e presidente da Levi’s, famosa marca de vestuário produzido com jeans, fez as suas provocações na palestra de abertura do evento. “Se o varejista não se mexer, já era”, cravou.
Curleigh recomenda “proteger o núcleo [do negócio] e expandi-lo o máximo possível para ficar mais próximo do consumidor”. Ele também chamou atenção, por exemplo, para o jeans, que representa somente 5% do armário de uma pessoa. Então, em quais outros produtos os clientes investem?
A Levi’s ficaria parada e satisfeita com esses 5%? E qual parte do resto do guarda-roupa pode se traformar num produto Levi’s ? Além da categoria “emblemática” de cada varejista, como é o jeans para a empresa, o que mais o varejista está fazendo?
E um último conselho do executivo: embora a tecnologia permita capacidades cada vez maiores, isso não pode tornar complexa a experiência do cliente. Muito pelo contrário.