De acordo com pesquisa, vendedores brasileiros passaram a ser mais simpáticos diante da crise econômica, contatando que sorrisos abrem portas.
A simpatia é a alma do negócio, e parece que o velho ditado enfim foi entendido pelos vendedores brasileiros, que passaram a ser mais sorridentes e simpáticos. Essa é a constatação de uma pesquisa anual chamada de “Ranking do Sorriso” (Smiling Report) que avalia os atendimentos no comércio.
A análise é realizada em 37 países e apontou que o atendimento ao cliente passou a ser mais cordial no Brasil. Em 2014, o país estava na penúltima posição do ranking. Já em 2015 pulou para o 25º lugar.
O motivo para essa mudança tão repentina foi a recessão econômica, que inibiu o consumo e fez com que os consumidores repensassem seus gastos. Além disso, o aumento no índice do desemprego. “O medo de perder o emprego e a escassez de clientes fizeram com que o atendimento melhorasse substancialmente”, afirmou a coordenadora da pesquisa no Brasil, Stella Kochen Susskind.
A pesquisa é realizada há 12 anos e essa foi a melhor posição do país. Em primeiro lugar está a Irlanda. “Com pesquisa ou sem pesquisa, todos sabemos que um sorriso abre portas e pode muito bem abrir carteiras. Todo vendedor deveria ser treinado para isso. Como o varejo é, muitas vezes, a porta de entrada para o mercado de trabalho, há pessoas que não têm perfil para lidar com o público”, analisou o especialista em atendimento Murilo de Souza.
Exemplo a ser seguido
O sorriso no rosto é um diferencial da rede de lojas Tennisbar, especializada em produtos esportivos. A marca usa a simpatia dos vendedores como estratégia para conquistar a confiança e a fidelidade de seus clientes. Lá, os vendedores passam por capacitação onde o treinamento é focado nisso. “Todas as lojas possuem os mesmos tênis que nós. Porém, nosso diferencial está no atendimento, em nosso sorriso no rosto”, afirmou o subgerente da loja do Centro de Campinas, Renato de Lima. “Os vendedores entenderam o espírito da rede e mais do que isso perceberam a importância do atendimento no resultado final do trabalho”.
O vendedor Willian Carvalho, de 24 anos, desde os 16 no varejo, se destaca, além do bom humor, pela cordialidade. “Amo o que faço. Por isso não trabalho, me divirto. Alegro meus clientes, conquisto a confiança e realizo sonhos em relação ao produto que tenho. Eles sempre voltam”, afirmou.
A fidelidade é confirmada pelos próprios clientes da loja. “O entusiasmo dos vendedores é contagiante. Sou cliente e sempre volto. Passei por várias experiências de atendimentos ruins”, afirmou a dona de casa Maria dos Santos Diolino, de 50 anos.
Outra marca que preza pela simpatia é a Ki Jeans, também no Centro. “Sempre olhamos esse lado, porém com a queda nas vendas, tivemos demissões e conversamos com quem ficou. Pedimos mais ainda simpatia no atendimento”, analisou a gerente da loja Edinelza Santos.
A reportagem foi publicada na edição 38 do Nosso Varejo. Para ler a edição completa, clique aqui
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