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Estudo do SindiVarejista é destaque na EPTV: famílias priorizam 65% da renda para itens essenciais

Antes, o gasto era mais equilibrado, com 50% do orçamento destinado para os itens não essenciais e 50% para os itens essenciais

Levantamento do SindiVarejista (Sindicato do Comércio Varejista) de Campinas e Região, mostrou que grande parte da renda das famílias está sendo consumida em itens essenciais como alimentação, saúde e medicamentos. Na prática, isso significa que 65% da renda das famílias da região está sendo gasta para compra de itens essenciais, e apenas 35% para o consumo de itens não essenciais (roupas, calçados, brinquedos). O estudo foi divulgado pelo EPTV/Rede Globo. 

Antes, o gasto era mais equilibrado, com 50% do orçamento destinado para os itens não essenciais e 50% para os itens essenciais. De acordo com o estudo, o cenário é reflexo das dificuldades financeiras da pandemia de covid-19.


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“Antes, a gente tinha uma divisão mais distribuída entre itens essenciais e não essenciais”, disse o especialista em administração, Bruno Maranhão. Segundo ele, a pandemia, a inflação e a guerra da Ucrânia traçam um quadro delicado na economia brasileira.

“O impacto principal que enxergamos é o aumento de preço de matérias-primas em todos os mercados do mundo. Esse impacto chega até o consumidor final através do aumento de preço dos produtos”, disse.

Com isso, de acordo com o especialista em administração, a parte mais pobre da população acaba sentindo mais reflexo. “É a mais prejudicada”.

IMPACTO

O reflexo da crise atinge comércios de itens não essenciais. Em uma loja de brinquedos educativos de Campinas, o movimento caiu bastante, segundo a proprietária.

“Durante a semana temos tido bem pouco movimento mesmo. E o que temos tido um pouco mais de venda é nas sextas-feiras e sábados, quando acontecem as festas infantis”, disse a proprietária Isabela Angelini.

Ela contou ainda que, por conta das restrições da covid-19, as pessoas ainda têm optado por festas menores, com menos convidados. “Consequentemente, a compra de presentes também caiu. O volume vendido diminuiu 50%. O faturamento, cerca de 20%”, contou.

Para outra comerciante, o faturamento foi reduzido pela metade. A lojista Adriana Zambrona conta que abriu a loja de suplemento alimentar em um momento difícil, em abril do ano passado. “Achei que a pandemia ia passar, que ia resolver”, disse.

Para dificultar, na época da inauguração o supermercado onde fica a loja anunciou que iria fechar. “Reduziu muito o movimento. As pessoas estão com poder aquisitivo menor… complicou”, disse.