Os feriados nacionais e pontes de 2025 podem ocasionar, ao varejo na região de Campinas, uma redução de faturamento de R$ 1,68 bilhão — praticamente estável em relação ao estimado para 2024. Em números absolutos, essa variação de apenas 0,1% representa R$ 1,1 milhão a mais nas perdas. A estimativa é da Federação do Comércio […]
Os feriados nacionais e pontes de 2025 podem ocasionar, ao varejo na região de Campinas, uma redução de faturamento de R$ 1,68 bilhão — praticamente estável em relação ao estimado para 2024. Em números absolutos, essa variação de apenas 0,1% representa R$ 1,1 milhão a mais nas perdas. A estimativa é da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) em parceria com o SindiVarejista de Campinas e Região. Assim como ocorreu em 2024, boa parte dos feriados deste ano coincidirá com o fim de semana. Contudo, haverá mais “pontes”: cinco, contra duas no ano passado — e, nesse sentido, a queda nas perdas, de certa forma, surpreende.
Dentre as cinco atividades analisadas, a projeção é de que apenas a de supermercados registre redução das perdas de faturamento, em decorrência dos feriados, em relação ao ano passado. A previsão é de que o segmento deixe de faturar R$ 729,7 milhões, queda de 3,9% em comparação a 2024, o que significa R$ 29,8 milhões a menos em perdas. Por ser o segmento de maior faturamento e por concentrar 43,2% do total dessas reduções do setor varejista, essa estimativa acabou influenciando o resultado geral, mesmo com o maior número de pontes em 2025.
Por outro lado, a expectativa é que as lojas de móveis e decoração apresentem a maior alta no montante (19,3%), alcançando R$ 69 milhões. Vale ressaltar, porém, que por ser a atividade de menor faturamento, é comum grandes variações de um ano para o outro. Em números absolutos, as lojas de vestuário, tecidos e calçados devem ter a maior elevação de perdas, deixando de faturar R$ 165,7 milhões neste ano, R$ 12 milhões a mais do que o estimado para o ano passado, o que significa um aumento de 7,8%. Por fim, as perdas das farmácias e perfumarias devem subir 1,2%, atingindo R$ 241,6 milhões.
Entenda o estudo
O estudo tem por objetivo mensurar uma possível redução de movimento no comércio varejista, considerando um desempenho médio sem observar características sazonais e regionais. Os cálculos, feitos com base nos feriados nacionais, levam em conta uma perda parcial nas vendas no dia, e não a totalidade.
O propósito do estudo não é calcular a transferência de renda. É evidente que durante feriados e pontes as famílias gastam mais com atividades do setor de Serviços, como transporte, bares e restaurantes. Isto é, se de alguma forma o Comércio pode ser prejudicado, o Turismo, por exemplo, ganha fôlego nesses períodos. Nesse sentido, os feriados são de extrema importância para esse setor e para algumas regiões do estado, como o litoral.
Considerando que a expectativa é que o varejo da região de Campinas tenha faturado R$ 130,5 bilhões em 2024, uma perda de R$ 1,68 bilhão, se confirmada, representaria apenas 1,3% da receita anual do setor. Trata-se de uma perda relativamente pequena, mas não desprezível.
Outro ponto importante é que foram levados em consideração apenas cinco segmentos, os mais sensíveis à compra por impulso. São aqueles que sofrem pelo consumidor não passar numa loja naquele dia após o almoço ou fim do expediente e comprar alguma coisa para si ou para a casa.
O que fazer para amenizar a situação?
Diante do calendário previsto, as empresas que normalmente lidam com redução no fluxo de consumidores nos feriados — ou que precisam fechar os estabelecimentos na ocasião — devem definir estratégias para conseguir faturar a meta do mês em outros dias.
Uma opção é atrelar a venda a um benefício nos Serviços. Isso significa fazer parcerias para que o consumidor compre um produto e ganhe uma atração (cinema, parque, restaurante etc.) no feriado. Também é recomendável explorar os canais digitais, já que as vendas online atingem consumidores de outras regiões, e oferecer descontos mais agressivos nos dias que antecedem as pausas. No entanto, não há uma regra e a estratégia adotada vai depender da dinâmica do negócio e do tipo do produto comercializado.
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