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Mais Campinas é lançado com participação da presidente do SindiVarejista

Iniciativa de governança colaborativa reúne 31 entidades para desenvolver projetos estruturantes e planejar o futuro de Campinas

A presidente do SindiVarejista de Campinas e Região, Sanae Murayama Saito, foi a representante do setor varejista no lançamento do Mais Campinas, associação privada e apolítica de governança colaborativa formada por 31 entidades de diversos segmentos econômicos, sociais e acadêmicos. O objetivo é propor soluções estratégicas e garantir a implantação de projetos estruturantes de médio e longo prazos para a cidade.

O projeto nasceu a partir do grupo empresarial Avança Campinas, do qual Sanae faz parte da diretoria, e se inspira em modelos bem-sucedidos implantados em cidades como Maringá (PR), Goiânia (GO), Belo Horizonte (MG) e Caxias do Sul (RS), com forte participação da sociedade civil, universidades e poderes Executivo e Legislativo.

Apoio do poder público e primeiros passos

A Prefeitura de Campinas e a Câmara Municipal manifestaram apoio à criação do Mais Campinas, lançado oficialmente nesta semana. O vice-prefeito Wanderley de Almeida (Wandão) representou o prefeito Dário Saadi, que estava em São Paulo recebendo o prêmio de cidade campeã no Ranking Nacional do Saneamento 2025, concedido pelo Instituto Trata Brasil.

“É algo que vem da sociedade, de maneira voluntária, uma proposta para poder pensar a cidade, discutir temas relevantes, megatemas, não só a agenda do dia a dia, a gente tem que, como poder público, acolher e participar”, afirmou o vice-prefeito.

O evento também contou com o presidente da Câmara Municipal, o vereador Luiz Carlos Rossini (Republicanos): “É uma mudança de cultura que tem que ser adotada pelas cidades engajadas em pensar o seu desenvolvimento”, disse.

O grupo será estruturado em câmaras temáticas multidisciplinares para desenvolver propostas em seis eixos principais:

  • Mudanças demográficas e sociais
  • Mudanças econômicas e de consumo
  • Avanços tecnológicos
  • Urbanização
  • Aumento da dívida pública
  • Mudanças climáticas e escassez de recursos

Segundo a consultora Márcia Santin, especialista na implantação de modelos de governança, a proposta busca evitar ações reativas e estimular o planejamento antecipado, permitindo que a cidade se antecipe a desafios futuros.


Importância da participação do varejo e de outros setores

Durante o lançamento, Sanae Murayama Saito destacou a relevância da união entre sociedade civil, setor produtivo e academia para pensar o futuro de Campinas.

“Nós que moramos em Campinas temos que enxergar o nosso futuro aqui. Será que a cidade está preparada para cuidar de nós na terceira idade e oferecer ensino de qualidade para os nossos netos? Temos que pensar e programar isso agora”, afirmou.

Sanae ainda lançou, durante o evento, o desafio de criação do logo da iniciativa que será construido por diversas mãos. “A ideia é a construção de forma conjunta. Várias entidades de diferentes setores trazendo ideias e criando”, afirmou.

A diretora regional do Secovi-SP, Kelma Camargo, reforçou a importância do setor imobiliário no grupo, defendendo que o planejamento inclua infraestrutura, desenvolvimento econômico e capacidade de receber novos moradores e trabalhadores.

Modelo de referência: Maringá (PR)

O Mais Campinas se inspira no exemplo de Maringá, cidade que implantou a governança colaborativa em 1996. Entre os resultados do modelo estão a internacionalização do aeroporto, a criação de um Centro de Inovação e a atração do primeiro data center de inteligência artificial da América Latina, com investimento de R$ 6 bilhões e previsão de 2 mil empregos.


Próximos passos

A partir do próximo mês, o Mais Campinas definirá os primeiros temas de estudo. Paralelamente, será realizada a constituição jurídica da associação e a eleição da diretoria, etapas que devem ser concluídas até o fim do ano.

O trabalho será tripartite, envolvendo sociedade, poder público e academia, com a participação de sindicatos empresariais, associações setoriais, entidades de classe, universidades e organizações comunitárias.

A secretária de Desenvolvimento Econômico, Tecnologia e Inovação de Campinas, Adriana Flosi, destacou que já conhecia o modelo de Maringá e que vê grande potencial na iniciativa.

“Planejar o futuro com participação da sociedade civil, pensando a cidade para os próximos 30 ou 50 anos, é significativo para qualquer município.”

 


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