Durante a cerimônia, a família de Sanae foi lembrada como a mais antiga entre os permissionários ainda em atividade no local, reforçando o vínculo histórico com o Mercadão.
A presidente do SindiVarejista de Campinas e Região, Sanae Murayama Saito, participou, na última quinta-feira (31), de uma visita guiada ao Mercado Municipal de Campinas, o tradicional Mercadão, que teve suas obras de revitalização concluídas pela Prefeitura. Os permissionários já iniciaram a readequação dos boxes para o retorno ao prédio.
Durante a cerimônia, a família de Sanae foi lembrada como a mais antiga entre os permissionários ainda em atividade no local, reforçando o vínculo histórico com o Mercadão.
Essa foi a primeira grande reforma estrutural do prédio centenário, que passou por um processo completo de restauração, respeitando todas as exigências de um imóvel tombado pelo patrimônio histórico.
Com 117 anos de história, o Mercado Municipal é considerado uma das 7 Maravilhas de Campinas e referência em compras na região central da cidade. O prédio tem 1.550 metros quadrados e recebe, em média, 8 mil visitantes por dia.
“Fico muito feliz com essa entrega. É um novo momento para o Mercadão, que faz parte da história da cidade e da minha família”, afirmou Sanae Murayama Saito, presidente do SindiVarejista, que acompanhou a visita ao lado do prefeito Dário Saadi.
O prefeito de Campinas, Dário Saadi, falou sobre os desafios enfrentados para realizar obras em um prédio histórico. “Para avançar, temos que enfrentar os desafios de peito aberto. Não tem viagem que se navegue só em mar tranquilo. Quem ama Campinas precisa encarar os desafios da cidade”, declarou.
Ele reforçou a importância da conclusão da reforma. “Hoje é um dia de comemoração. Os permissionários vão finalizar as readequações e, em breve, faremos uma grande festa de inauguração.”
O investimento total na revitalização foi de R$ 8,5 milhões, sendo R$ 5 milhões viabilizados via emenda parlamentar do deputado Marcos Pereira, por meio do Ministério do Turismo, e o restante com recursos da Prefeitura de Campinas. A obra foi executada pela empresa RJC Sinalização Urbana Ltda e coordenada pela Secretaria Municipal de Infraestrutura.
“Com essa nova infraestrutura, quem ganha é toda a população de Campinas e também os visitantes da cidade”, destacou o deputado.
As obras começaram em julho de 2023 com o objetivo de restaurar o espaço histórico, que estava deteriorado pela ação do tempo. A reforma incluiu:
O secretário de Infraestrutura, Carlos José Barreiro, classificou a obra como uma “restauração completa”, e ressaltou o cuidado com a preservação das características arquitetônicas originais do prédio, que é tombado pelo Condephaat e pelo Condepacc.
O Mercadão possui 101 boxes internos (97 no térreo e quatro no mezanino) e 45 bancas externas. A estrutura é gerida pela Setec, autarquia municipal. Os permissionários receberam os espaços com infraestrutura básica de água, energia, esgoto, gás e telecomunicação, e agora trabalham nas readequações, com prazo até o fim de agosto.
Segundo o presidente da Setec, Enrique Lerena, foi fundamental manter o funcionamento do mercado em tendas provisórias durante as obras. “Isso garantiu o sustento dos comerciantes e manteve o movimento no Centro da cidade.”
A permissionária Adriana Tavares reforçou que o objetivo é retornar ao prédio reformado em conjunto. “Pedimos um pouco de paciência ao público. Queremos voltar todos juntos para não confundir os clientes e garantir uma experiência completa.”
As obras individuais dos permissionários incluem serviços como demolições, instalações hidráulicas e elétricas, colocação de forros, revestimentos, iluminação, câmaras frias e mobiliário.
Com a conclusão das obras estruturais, os permissionários têm até o fim de agosto para terminar as readequações e voltar aos boxes. Em seguida, será feita a desmontagem das tendas externas e a reestruturação do estacionamento, com recapeamento e pintura das vagas.
O Mercado Municipal de Campinas foi projetado por Ramos de Azevedo e inaugurado em 1908 pelo então prefeito Orosimbo Maia. Originalmente, o prédio servia como armazém para produtos transportados pela ferrovia Funilense.
O edifício é tombado desde 1983 pelo Condephaat e desde 2015 pelo Condepacc, e representa um dos símbolos culturais e econômicos mais importantes da cidade.
Hoje, o Mercadão reúne lojas tradicionais e modernas, com opções como:
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