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Rotatividade no varejo de Campinas atinge recorde histórico no 1º semestre de 2025

O levantamento foi realizado pelo Sindivarejista de Campinas e Região e aponta um desafio crescente para o setor, especialmente para as pequenas empresas

A rotatividade de mão de obra no comércio varejista de Campinas alcançou 36,6% no primeiro semestre deste ano, o maior índice registrado para o período desde o início da série histórica do Novo Caged, em 2020.

O levantamento foi realizado pelo Sindivarejista de Campinas e Região e aponta um desafio crescente para o setor, especialmente para as pequenas empresas, que representam a maioria no varejo local.

O que significa o turnover

O índice — também conhecido como turnover — mede a movimentação de admissões ou desligamentos em relação ao total de trabalhadores ativos. No cálculo, considera-se o menor valor entre admissões e desligamentos no período, dividido pelo número de empregos existentes no início do intervalo.

O resultado de 36,6% indica que mais de um terço dos cerca de 61,3 mil postos de trabalho com carteira assinada ativos no final de 2024 foram ocupados por pessoas diferentes ao final do primeiro semestre de 2025.

A taxa registrada este ano é mais que o dobro da observada no mesmo período de 2020, mostrando uma tendência de alta consistente nos últimos anos.

Setores com maior índice de rotatividade

Entre os 73 subgrupos de atividades do varejo analisados, alguns registraram turnover bem acima da média geral:

  • Comércio de calçados – 52,9%
  • Cosméticos, perfumaria e higiene pessoal – 46,1%
  • Minimercados, mercearias e armazéns – 45,8%

Esses segmentos estão entre os maiores empregadores do varejo campineiro, influenciando diretamente o índice total.

Por que a rotatividade está aumentando?

De acordo com o Sindivarejista, o aumento é resultado de fatores estruturais e comportamentais:

  1. Aquecimento do mercado de trabalho – A maior oferta de vagas no cenário pós-pandemia estimula profissionais a buscar melhores salários, oportunidades de crescimento e horários mais flexíveis.
  2. Perfil do setor – O varejo é frequentemente porta de entrada para jovens no mercado, o que aumenta a movimentação.
  3. Sazonalidade – Datas comemorativas e variações no orçamento familiar geram contratações temporárias que elevam a rotatividade.

Desafios e estratégias para retenção

A alta rotatividade gera custos adicionais com recrutamento, seleção, treinamento e desligamentos. Especialistas apontam medidas para reduzir o turnover, como:

  • Processos seletivos mais eficientes;
  • Programas de treinamento e desenvolvimento;
  • Ambientes de trabalho saudáveis e inclusivos;
  • Políticas de remuneração competitivas;
  • Investimento em inovação e tecnologia para atrair talentos.

“O equilíbrio entre inovação e gestão de pessoas é essencial para que o varejo local mantenha sua competitividade e reduza perdas com a rotatividade”, afirmou Sanae Murayama Saito, presidente do Sindivarejista.

 


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