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Setores do comércio ainda sentem os impactos da covid-19, enquanto supermercados e farmácias lideram geração de empregos

Desde o início da pandemia de covid-19, o varejo de roupas, calçados, eletrodomésticos e lojas de departamento tem enfrentado um cenário desafiador no Estado de São Paulo. De acordo com um levantamento da FecomercioSP, esses foram os segmentos que mais perderam mão de obra formal desde janeiro de 2020. Setores mais afetados no varejo paulista […]

Desde o início da pandemia de covid-19, o varejo de roupas, calçados, eletrodomésticos e lojas de departamento tem enfrentado um cenário desafiador no Estado de São Paulo. De acordo com um levantamento da FecomercioSP, esses foram os segmentos que mais perderam mão de obra formal desde janeiro de 2020.

Setores mais afetados no varejo paulista

Segundo os dados, o comércio varejista de vestuário foi o mais impactado, com uma perda de 11,4 mil postos de trabalho formais entre janeiro de 2020 e janeiro de 2025. O varejo de eletrodomésticos e equipamentos de áudio e vídeo também sofreu queda significativa, com 7,4 mil vínculos a menos. Já as lojas de departamento viram uma retração de 5,9 mil vagas.

Dos 78 segmentos analisados no varejo paulista, 16 registraram uma quantidade menor de empregados no início de 2025 em comparação ao período pré-pandemia.

Campinas segue a mesma tendência, mas com saldo positivo geral

Em Campinas, o cenário foi semelhante nos segmentos mais afetados, apesar de o saldo geral de empregos no varejo ter sido positivo. A cidade contava com 57.472 vínculos celetistas em janeiro de 2020, número que subiu para 60.820 em janeiro de 2025, uma adição de 3.348 vagas.

No entanto, o varejo de roupas e acessórios perdeu 869 postos, enquanto o comércio de eletrodomésticos teve queda de 424 vínculos. Por outro lado, supermercados geraram 1.154 novos empregos, seguidos pelas farmácias, com 811 vagas criadas no período.

Mudança no comportamento do consumidor impacta varejo físico

A pandemia provocou mudanças significativas nos hábitos de consumo dos brasileiros, o que explica a dificuldade de recuperação desses setores. Durante os períodos mais críticos da crise sanitária, as lojas físicas enfrentaram restrições severas, com queda acentuada na circulação de clientes e, em muitos casos, o fechamento temporário das unidades.

Além disso, a aceleração do comércio eletrônico reduziu a necessidade de trabalhadores em lojas físicas, principalmente no segmento de moda e eletrodomésticos. O crescimento do home office também contribuiu para a queda na demanda por vestuário formal e de trabalho.

No caso dos eletroeletrônicos, trata-se de bens duráveis, com ciclos de consumo mais longos. Durante a pandemia, muitas pessoas investiram em reformas residenciais e equipamentos para o lar, mas esse movimento não se sustentou nos anos seguintes.

Supermercados e farmácias: os grandes vencedores da pandemia

Enquanto alguns setores amargaram perdas, os supermercados e farmácias se consolidaram como os grandes geradores de emprego no varejo paulista. Isso ocorreu porque, com as medidas de isolamento social, as famílias passaram a concentrar seus gastos em bens essenciais e em produtos de saúde.

Em São Paulo, o volume de vendas de supermercados cresceu 5,2% em 2020, seguido por 1,8% em 2021, 2,5% em 2022, 2,5% em 2023 e 3,7% em 2024, de acordo com o IBGE. O crescimento constante ajuda a explicar a expansão da mão de obra no setor.

Perspectivas para 2025: recuperação ainda incerta para alguns segmentos

Apesar de um cenário macroeconômico mais estável, a recuperação completa dos setores de vestuário e eletrodomésticos ainda parece distante em 2025. A combinação de falências, mudança de hábitos de consumo e transformação digital alterou de forma profunda a estrutura do varejo no Brasil.

Especialistas apontam que apenas os negócios que conseguirem se reinventar com estratégias omnichannel, personalização e digitalização das operações terão maiores chances de recuperação nos próximos anos.

 

 


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