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Serviço alavanca vendas das micro e pequenas empresas (MPEs)

Mesmo com a tendência de menor ritmo de crescimento da economia brasileira em 2011, comparado com 2010, as micro e pequenas empresas (MPEs) paulistas registraram, em fevereiro, um crescimento de 3,4% sobre o mesmo período de 2010. Este foi o 17º mês consecutivo de alta no faturamento das MPEs, segundo dados da pesquisa Indicadores Sebrae-SP […]

Mesmo com a tendência de menor ritmo de crescimento da economia brasileira em 2011, comparado com 2010, as micro e pequenas empresas (MPEs) paulistas registraram, em fevereiro, um crescimento de 3,4% sobre o mesmo período de 2010. Este foi o 17º mês consecutivo de alta no faturamento das MPEs, segundo dados da pesquisa Indicadores Sebrae-SP de Conjuntura. Em valores absolutos, o faturamento dos pequenos negócios foi de R$ 24 bilhões, um acréscimo de R$ 782 milhões em relação a fevereiro de 2010. Por empresa, o faturamento médio foi de R$ 18.081,18.

O crescimento do consumo no mercado interno, a partir da melhora da ocupação e da renda da população, e a base de comparação relativamente modesta – em fevereiro de 2010 as MPEs estavam se recuperando dos efeitos da crise  – contribuíram para o resultado.
 
No período de 12 meses (janeiro de 2011 ante o mesmo mês de 2010), o crescimento obtido no estado foi alavancado pelo setor de serviços, com cabeleireiros e pet shops (19,3%); seguido da indústria (1,2%). O comércio teve queda na receita de 3,7%.
 
Mais uma vez o setor de serviços foi o maior responsável pelo bom desempenho das micro e pequenas empresas. O setor foi o último a sentir os efeitos da crise, conforme o estudo. Com a retomada do crescimento, as empresas de grande porte voltaram a demandar serviços. Além disso, o setor, diferentemente da indústria, não sofre a concorrência do mercado internacional e possui ramos promissores como o de cuidados com os animais.
 
O comércio, que desde novembro de 2010 vinha registrando desempenho positivo na receita das empresas, ante igual mês do ano anterior, sofreu queda no faturamento em fevereiro deste ano sobre igual período de 2010. A oscilação está dentro das expectativas, uma vez que o setor já conseguiu retomar nível de faturamento próximo ao que registrava antes da crise de 2008.
 
Por regiões, no período, as empresas do interior registraram maior crescimento no estado (7,7%). As empresas do município de São Paulo apresentaram uma queda de 1,4%. Na comparação de fevereiro de 2011 com o mês anterior, o faturamento real das micro e pequenas empresas registrou queda de 3,1%. No período, por setores os resultados foram: indústria (4,7%), comércio (queda de 9,1%) e serviços (2,9%). "O mercado segue oferecendo boas oportunidades para as MPEs, mas o sinal de alerta está ligado. O ritmo mais moderado de crescimento da economia deve refletir no desempenho dos pequenos negócios", disse Bruno Caetano, diretor-superintendente do Sebrae em São Paulo.
 
Os proprietários de micro e pequenas empresas acreditam em manutenção das receitas. As expectativas deles, em março deste ano, indicam confiança na estabilidade da receita da empresa nos próximos seis meses: 47% acreditam em manutenção no faturamento, ante 45% apurados no mês anterior.
 
A pesquisa Indicadores de Conjuntura é realizada todos os meses pelo Sebrae com apoio da Fundação Seade. O levantamento é feito junto a 2,7 mil micro e pequenas empresas do Estado de São Paulo.