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Comércio de Campínas prevê movimento menor no Dia dos Namorados

A geração de empregos temporários também deve ser menor. As chances oferecidas pelo comércio varejista devem somar 2.972 oportunidades na RMC. A quantidade é 5,83% inferior às 3.156 contratações registradas no ano de 2014

Pela primeira vez no ano, as estimativas para as vendas em uma data especial são piores do que o resultado de 2014. Previsão da Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC) mostra que o Dia dos Namorados deve render R$ 391,2 milhões. A estimativa é de redução de R$ 4 milhões, que representará uma queda de 1,01%. Se o resultado se confirmar, os números serão piores dos últimos nove anos.

A geração de empregos temporários também deve ser menor. As chances oferecidas pelo comércio varejista devem somar 2.972 oportunidades na RMC. A quantidade é 5,83% inferior às 3.156 contratações registradas no ano de 2014. A maior queda deve acontecer no comércio central que deve contratar apenas 667 pessoas contra os 718 trabalhadores do ano passado. As lojas dos shoppings centers devem admitir 2.305 trabalhadores. Em 2014, foram 2.438 temporários.

O valor médio do presente projetado para o Dia dos Namorados deste ano é igual o ano passado e será de R$ 110,00. O quadro pessimista é o mesmo para o varejo de Campinas. O faturamento com as vendas na data que celebra os enamorados deve chegar a R$ 185,5 milhões. Em 2014, o movimento foi de R$ 187,2 milhões.

A criação de empregos temporários será de 1.265 vagas. No ano passado, o total foi de 1.339 pessoas contratadas para as vendas do Dia dos Namorados. "A conjuntura econômica não aponta para uma mlehora das vendas e nem da renda. A tendência é de um Dia dos Namorados bem pior do que no ano passado", afirmou o coordenador do Departamento de Economia da Acic, Laerte Martins.

O economista disse que as projeções para o Dia dos Namorados de 2015 são as piores desde 2006. "O faturamento na RMC deve chegar a R$ 391,2 milhões. No ano passado, foi de R$ 395,2 milhões. Em Campinas, também haverá uma queda de R$ 185,5 milhões. Com o andamento da economia, não dá para estimar números favoráveis, conforme nossa sondagem com os comerciantes", frisou.

Ele observou que o valor médio do presente deve manter o mesmo patamar do ano passado. "A diferença é que com os R$ 110,00 no ano passado o consumidor comprava presentes melhores do que neste ano. Em 2015, serão mais lembrancinhas. A inflação reduziu drasticamente o poder de compra do consumidor", pontuou o economista.

Martins salientou que outra preocupação do consumidor é com o desemprego. O coordenador acredita que o primeiro semestre vai fechar com o comércio apresentando um desempenho ruim em relação a anos anteriores.