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NRF Retail’s Big Show: varejo atual exige informação, respostas rápidas e boa experiência de compra

Tendências foram vistas na missão conduzida pelo Sebrae-SP à maior feira mundial desse setor, realizada em Nova York

Em qual direção vai o varejo mundial? Segundo a NRF Retail’s Big Show, a maior feira de varejo do mundo que aconteceu em Nova York,  a resposta mais assertiva para o questionamento passa por um conjunto de ações como o uso inteligente de dados, rapidez das empresas em dar respostas ao mercado e a oferta de uma experiência de compra de alta qualidade, ou seja uma compra assertiva, 

O evento, realizado anualmente em janeiro, recebeu a equipe do Sebrae-SP e um grupo de 30 empresários paulistas selecionados que também participam de visitas técnicas a empresas de sucesso no mercado americano.


“Quanto mais rápido a empresa tiver dados e aplicá-los em melhorias contínuas de processos do negócio, mais expressivos serão os resultados”
, afirma o consultor de negócios e especialista em varejo do Sebrae-SP, Edgard Neto.

“Isso é desafiador para o pequeno negócio. Estamos em uma retomada após a pandemia que acelerou mudanças no varejo, principalmente em termos de tecnologia”, completa o gerente de relacionamento do Sebrae-SP, Alexandre Robazza.

NFR

Além de mais de mil empresas expositoras, em seus três dias de duração (15 a 17 de janeiro), NRF teve uma programação com 350 palestrantes discorrendo sobre os mais variados temas relacionados a varejo. Paige Thomas, CEO da Saks, rede americana de lojas de artigos de luxo, deixou claro em sua palestra que agilidade é um fator fundamental para os negócios hoje em dia. Segundo ela, antes as mudanças nas coleções de moda ocorriam a cada seis meses ou um ano. Agora, as empresas devem colocá-las em prática em intervalos mais reduzidos.

Isso porque o uso das redes sociais possibilitou ao consumidor ter muito mais conhecimento das marcas; ele sabe muito bem o que quer comprar, quer fluidez na jornada e seu comportamento varia de forma mais acelerada, o que demanda das empresas uma rápida adaptação. Daí a importância de a empresa ter dados e informações que lhe permitam avaliar esse movimento e agir.

Ela citou que as campanhas promocionais agora são feitas em “U” com uma queda menor dos preços e não em “V”, quando há um recuo mais brusco dos valores por um tempo curto e a volta ao patamar anterior logo em seguida. “A estratégia, principalmente das lojas de luxo na moda, é mostrar que elas não são um ponto de venda que compete por preço”, explica Neto.

Após a pandemia, o varejo americano tem visto um forte retorno consumidor às compras físicas, explica Robazza. “A loja agora tem de se apresentar de outra forma, tem de oferecer uma experiência ao consumidor, com base na leitura de dados que a empresa tem, e estar sempre atenta aos movimentos do cliente para definir o seu portfólio de produtos.”

Segundo o gerente de relacionamento do Sebrae-SP, a jornada agora tem um viés que envolve tecnologia, rede social, aplicativos, site, carrinho de compras eletrônico, meios de pagamento. “Todos são fatores que influenciam na tomada de decisão e na curadoria de produtos”, diz Robazza.

De acordo com Neto, em uma palestra da Home Depot, empresa de material de construção, a gerente de tecnologia da informação disse que a companhia tem se valido cada vez mais da TI para fazer ajustes na loja física muito mais rapidamente do que fazia no passado. “Hoje, baseado em dados, o setor de TI afeta o que acontece no ponto de venda.” Segundo o consultor, além da navegabilidade do site, a TI é usada para a customização, independentemente do volume comercializado. “É preciso parecer exclusivo e fazer com que as pessoas se sintam próximas das marcas.”

Outra palestra citada por Neto é a da fabricante de brinquedos Lego, que disponibilizou um site para o público sugerir que temas adotar para seus blocos de montar. “A abertura desse canal faz o cliente se sentir parte da empresa”, finaliza.

Ele cita ainda marcas como Hollister e Forever 21 que fazem investimentos em micro e pequenos influenciadores, isto é, nomes que têm menos seguidores, mas mais afinidade com os públicos deles e trazem, assim, clientes para as lojas”, relata. “É uma forma que o pequeno negócio pode trabalhar se aliando mais à sua comunidade.”

Robazza reforça que essa é uma estratégia válida para as empresas de menor porte. “É como o empreendedor se insere na comunidade: recorrer aos pequenos influenciadores e fazer sua marca parceira das comunidades; hoje as empresas se relacionam com diversos perfis de consumidor, definidos principalmente pelo comportamento e sensação de pertencimento e não por classe social, idade ou região”, conclui Robazza.

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