Segundo o governo, o retrocesso está ligado ao aumento no número de casos do coronavírus
O governo do Estado informou nesta segunda-feira (30) que todas as cidades que estão na fase verde do Plano São Paulo de flexibilização da quarentena terão que regredir para a fase amarela – mais restritiva. Isso inclui todas as cidades da região de Campinas e que estão localizadas na área de abrangência do SindiVarejista de Campinas e Região.
Segundo o governo, o retrocesso está ligado ao aumento no número de casos do coronavírus. Vale destacar que a medida não fecha os setores econômicos em nenhuma cidade, mas amplia as ações de restrições como capacidade de público e horário de atendimento.
Com o regresso geral para a terceira das cinco fases do Plano SP, atividades como comércios, bares, restaurantes, academias, salões de beleza, shoppings, escritórios e concessionárias voltam a ter limitações de horário e capacidade de público.
Veja as mudanças:
– Capacidade limitada a 40% para todos os setores;
– Funcionamento limitado a 10h por dia;
– Estabelecimentos podem funcionar até as 22h;
– Proibidos eventos com público em pé.
Essas medidas seguem até o dia 4 de janeiro de 2021 quando vai ocorrer uma nova reclassificação. Portanto, o período de compras de Natal acontecerá com essas restrições.
Caso o cenário pandêmico se agrave até janeiro de 2021, o Estado poderá retroceder às fases ainda mais duras, como a laranja. Contudo, o governador ressaltou que, de modo geral, os comércios locais e regionais, bem como os shopping centers, têm aplicado corretamente as medidas determinadas pelo centro de contingência estadual de covid-19. O alerta é para que o comércio redobre a atenção às medidas.
Nas próximas semanas, o governo também irá quadruplicar o número de fiscais nas ruas fazendo as inspeções e autuações, caso necessárias.
A presidente do SindiVarejista de Campinas e Região, Sanae Murayama Saito, afirmou que a medida causou surpresa. “Isso nos causou uma grande surpresa e ocorreu bem no momento mais esperado para a recuperação das vendas do comércio, que é o Natal. A preocupação é de uma queda ainda maior nas vendas, já que com o período mais restrito e com a capacidade reduzida em 40% a tendência é que muitas pessoas deixem de ir comprar itens”, afirmou Sanae.
Vale destacar que os comerciantes devem seguir com as medidas de determinadas pela Vigilância em Saúde para impedir a disseminação do coronavírus como o uso de máscaras obrigatórias para clientes e lojistas, medição de temperatura na entrada dos estabelecimentos comerciais e utilização de álcool gel para descontaminação.
O SindiVarejista reforça a importância de que todos os setores continuem cumprindo os protocolos específicos estabelecidos há alguns meses e que sigam com atenção à importância das regras de distanciamento social e de higiene. Veja as regras aqui!
Campinas
Em Campinas o prefeito Jonas Donizette afirmou na tarde desta segunda-feira que a medida será válida a partir de quarta-feira, dia 2 e que vai aguardar a publicação do decreto estadual nesta terça-feira, para determinar as ações na cidade.
“É importante a população saber que precisa aumentar os cuidados. Vamos esperar pela publicação do decreto e, por enquanto, manteremos as coisas como estão aqui em Campinas. Vamos aguardar esse decreto para fazer a padronização aqui em Campinas “, disse o prefeito.
Ele ressaltou que não haverá nenhum tipo de fechamento de qualquer atividade.
A nova classificação não deve alterar o funcionamento, por enquanto, do comércio de rua que normalmente funciona entre 8h e 19h. Porém, deverá influenciar o tradicional horário estendido de funcionamento das lojas para as compras de Natal. Em Campinas o comércio de rua, tem a tradição de funcionar até 22h nos dias que antecedem o Natal e Ano Novo.
Já os shoppings da cidade devem dividir os horários de funcionamento em dois grupos.
– das 11h às 21h
– das 12h às 22h
Mas ainda não há uma definição quanto a esses horários o que deve vir a acontecer nos próximos dias.